sexta-feira, 30 de março de 2012

A História do Casarão Olho D´água dos Azevedo

Casarão

 

Olho- d´água  dos Azevedo, antiga fazenda localizada no norte do Piauí município de Miguel Alves-PI, a 147 km da Capital. Data Tamanduá.
Sua imensa extensão territorial, medindo 6.600 hectares aproximadamente, circula todo perímetro daquela velha fazenda.
O recurso econômico que mantém a produção constante do citado recanto se distribui em: babaçu, tucum, jaborandi, milho, arroz, feijão, mandioca, cera de carnaúba, algodão, mamona, cana – de – açúcar e a grande quantidade de madeira de lei que se espalha por toda sua extensão , incluindo ainda dentro da gleba matas virgens que não chegaram a ser exploradas pelo homem, por se encontrar grande parte de madeira de lei conservada por seus proprietários, não querendo devastar  por enquanto esta espécie de produção.
Sua principal renda mensal, o babaçu, se estende por toda dimensão territorial. Espécies de madeira de lei pau-d'arco, taipoca , caripina , aroeira, cedro. em grande parte, sapucarana , umburana ,unha- de- gato e outras. As serras verdes que emolduram a fazenda , o babaçual que se descortina mata a fora as carnaúbas se evidenciando nas margens das estradas , ventos que assoviam murmurando segredo, o sol forte que resseca os matagais, o riacho perene sua nascente dentro do buritizal, razão por que sua corrente d'água é multicolor, limpa , ora escura , variando os matizes do amarelo e alaranjado, tudo constitui beleza.
Em época de floração do ipê é importante ver o enfeite das matas com a coloração lilás e amarelo, dando uma conotação diferente e bela ao lugar.
As ladeiras dos arredores são cortadas por punho de caboclo com a remuneração e determinação de meu pai, sem o auxílio de pessoal técnico para orientá-lo.
Os sítios Capoeiras, Minador Anajazinho , Jaborandi e o que circula nossa casa foram construídos por meus pais, que adoravam plantar , sitiar, era um trabalho de imenso interesse e realização dos dois. Nos sítios há tipos variados de frutas como caju , manga de diversas espécies, banana, coco da praia, ata, açaí, jaca, jenipapo. guabiraba . abacaxi , pequi, mamão, tamarinho, pitomba, seriguela, cajá – Embu e comum, goiaba, buriti e cítricas em geral.
A fazenda é muito acidentada por todos os lados ladeiras morros e boqueirões, mais um lugar pantanoso, coincidindo a maioria de sua extensão ser repleta de babaçual, razão por que se conserva a umidade constante quase em sua totalidade.
No cume do monte se encontra o Casarão, construindo sobre um morro cortado pela escravatura, e na subida há crateras formadas pela erosão. Seu estilo nem gótico , nem jônico , nem barroco, nem colonial, é indefinido sem nenhuma influência da atualidade, rústico em todo seu aspecto, retrata as torturas da escravidão. Desconhecida a data da sua construção. Teto em carnaúbas roliças e ripas de madeiras com a dimensão de 6 centímetros, material conduzido em ombro de escravos, indo recebê-los no Maranhão. A confecção de telhas, adobes e alvenarias foi realizada na feitoria do próprio dono , em frente ao local, nas margens do riacho. Lá os negros especializados em trabalho de olaria faziam o material para a edificação.  A parede do fundo e a lateral esquerda são feitas de pedras feito face, ou pedras aparelhadas sem auxílio de cimento que na época não havia, pois a massa que as ligava recebia um preparo suficiente para o reajuste das mesmas, formada por óleo de mamona e barro amassado por pés de escravos.  A referida parede do fundo mede 6 metros de altura por 18 de largar, o Casarão tem 25 metros de comprimento.  A parede lateral direita é feita de adobes confeccionados de pinçara e barro com óleo de mamona para dar forte consistência na massa do material da obra imensa.
Esta fortaleza gigantesca foi construída para resistir aos piquetes constantes naqueles tempos que já vão longe. AS balas não conseguiam ultrapassar a parede, voltando para onde vinham os ataques , protegendo, desta maneira, seus moradores.
As calçadas circulando o Casarão eram de pedras feito face e em desalinho, mas tio José reconstruiu revestido-as de massa de cimento para melhor proteção e segurança . As paredes lateral direita e de  as destros, que fazem a divisão das dependências, são todas de adobes. Os peitoris têm 40 n de largura, aproximadamente. Suas escadas em número de três, estão assim localizadas: a escada da frente tem doze degraus, localiza-se do terreiro para o andar térreo ou varanda de  baixo, como é chamada , larga e espaçosa ,seus degraus possuem 50 centímetros de altura por 2 metros de cumprimento, toda revestida de cimento. A segunda, de madeira tosca e empinada , fica na mesma direção desta, liga o corrimão que acompanha todo o seu tamanho ainda se encontra firme e sem perigo de desequilíbrio, apesar dos anos. A terceira do lado direito do Casarão , a mais perpendicular, possui treze degraus e liga o o terceiro de  lado a imensa varanda da direita do primeiro andar. O andar de térreo é um grande alpendre, correspondendo a frente do casarão,cercado paredes grades de madeira na altura de 1 metro . Piso rústico, barro socado desajeitado, a cozinha também, mais tem que ficar assim mesmo para conservação de estrutura antiga da obra. O muro velho que liga a esquerda do casarão tem 8 metros de largura e 4 metros de altura. As calçadas são de dois e três degraus aliás , ainda lateral direita , virando a esquina, até os degraus da calçada da frente, seguindo para o outro lado, tomando a frente, do casarão, tem a altura do primeiro  degrau, 1 metro e 50 centímetros, e o segundo  e terceiro degraus tem cinquenta centímetros de um para o outro.
A parede de pedra aparelhada, que forma o peitoril da cozinha , lateral esquerda, como como disse, tem 40 centímetros de largura, portas de 1 metro e 20 centímetros de largura e 2 metros e 30 centímetros de altura, forras ou portais, 28 centímetros. As portas são quase todas de uma só folha , há algumas que se fecham por duas folhas. O armário embutido, de 1 metro e 50 centímetros de largura e 2,30 centímetros de comprimentos, tem seis degraus dentro. A mesa de uma só tábua mede 1 metro e 30 centímetro de comprimento e 80 centímetros de largura. As dependências da casa são nove quartos. cinco varandas e uma cozinha, que toma a maioria da lateral esquerda e um alpendre. Os caixões grandes de depósitos de farinha, são ainda hoje conservados em seus lugares. O quarto fundo do centro da casa era lugar de prisão dos negros, só possuía uma porta ,razão por que era escuro demais, hoje há mais uma porta que meu avô abriu, por não haver mais escravidão. O estrado grande, medindo 2 metros de largura por 2 metros e 50 centímetro, local em que as mucamas executavam os trabalhos a mão, o labirinto, croché, bordados, rendas, bicos de almofadas, feitos com bilros e o trabalho de fuso, tudo para sinhazinhas brancas donas das escravas, não existe mais. A cozinha e o banheiro era ligados a senzala. Do lado esquerdo ainda hoje existe há ruínas dela, realizados os trabalhos de mandioca, ou seja farinhada, moagens e outros. Existia também em frente do Casarão um gigantesco Juazeiro onde eram abatidos os gados. Em frente ao morro ou da casa, houve uns grandes pés de estopeira, para os trabalhos de carpinteiros e os carros de bois que serviam á fazenda em seus trabalhos de viagens. As matalotagens eram feitas somente para o consumo da casa, vaca gorda mantida no estaleiro para suprir as necessidades contínuas dos trabalhos da fazenda.
O curral antigo foi diminuído reformado. Derrubaram -se no lado direito do Casarão dois mourões velhos que faziam canto no cercado da casa do engenho, local de trabalho dos escravos. No pé do muro velho, pelo lado de dentro, ainda hoje existe um antigo pé de laranja talvez plantado por escravos ou antigos donos. O piso do Casarão, nas varandas e quarto é de tijolos, de alvenaria de tamanho imenso. Não há na casa uma sequer inscrição que possa identificar a data de sua construção, por isso é considerada por todos que conhecem como talvez a mais antiga do Piauí. Os pregos dos caibros são cravo de ferro de quatro faces muito difícil de serem arrancados por possuírem quatro quinas. A grande bilheira ou cantareira dos potes de tamanho gigante, é conservada. O quatro dos baús e malas de couro era o recanto de grandes ciúme, porque aí estavam relíquias antiquíssimas da família. As cadeiras antigas construídas com madeiras grossas e o couro que servia de assento recebia pregos de cabeça como enfeite. Os caldeirões de ferro só podiam ser levantados por escravos devido ao peso. O vasilhame de uso diário era louça antiga, inclusive muitas peças de porcelana antiga e cristal. O urinol de vovô, de louça boníssima, que apesar dos tempos ainda brilha, ficou como relíquia da família e é conservado e usado como peça de decorativa de nossa casa por nunca ter sido usada por ela. A grande qualidade de moedas antigas, ouro, prata, cobre, níquel ainda são conservadas a cada filho como recordação de seus pais. As jóias de ouro maciço foram dividas em família como lembrança. O grande santuário de Santo Onofre, o santo da devoção de vovó, se encontra em nossa casa aguardando a construção da capela para ser colocado lá. No referido santuário há Santo Onofre, Nossa Senhora da Conceição, Santo Antônio, as coroas de pratas, as imagens vieram do Amazonas para minha bisavó Maria Rosa, a mãe de vovó Serafina, que lhe ofereceu como presente antes de sua morte.
  Quase tudo o que foi esclarecido neste livro, as fotos revelam nas páginas seguintes, confirmado.
  Os vaqueiros eram tratados como pessoas da família.
  Ainda hoje mantém-se o respeito com que meus avós acostumaram os moradores da fazenda. A responsabilidade dos patrões por eles, na doença e na morte, continua como no tempo antigo e eles cumprem o dever de trabalhar para o patrão quando solicitados e dentro de sua circunstância, paga sua diária pelo preço atual; de bater as estradas e limpar o olho- d`água uma vez por ano vender a safra para os patrões pelo preço corrente não podendo retirar seus produtos para vender a outros proprietários. Vovó Antônio faleceu cedo, deixando todos estes costumes que a família continua, sem nenhuma preceito de violação porque todos são muito unidos. Com o falecimento de vovó só houve a divisão de gados. animais e muares, o terreno ficou parado, a fazenda prossegue espólio. nunca foi terminado o inventário. Cada um sabe o que tem em cartório, ainda não houve partilha, todos usufruem da produção do lugar, unidos, podendo cada um tomar sua atividade dentro da grega de acordo com os outros, até hoje não se conhece uma pequena discórdia, são amigos sérios com propriedades compradas, particularmente fora da herança, o que torna diferente a direção. Tio Teófilo e tio Pedro, venderam as terras que pertenciam na grega para papai e tio Marçal, e fixaram residência nas fazendas Campininha e Brasileira, ligadas á fazenda Olho D`água com firme propósito de não ficarem distantes dos familiares.
Dos dez filhos de meus avós Antônio e Serafina Azevedo, oito faleceram e alguns filhos e netos dos que morreram continuam os negócios da fazenda substituindo os pais. Os netos que saíram para estudar fora se formaram e residem nas grandes capitais, mais sempre vêm passar as férias junto á família. Uma pilha de netos e bisnetos estudam fora, terminando faculdades, estes, devem fixar residência por lá mesmo, visitando a família no período de férias do trabalho. Vários quiseram fazer só o segundo grau, colocando-se logo em bancos e outras repartições, que também só voltam á fazenda no período de lazer. O certo é que no período de férias, todos se juntam na fazenda, se optam por passeio nas grandes cidades, o término das férias será no meio da família, pois a união continuam no ritual dos avós.
  Na fazenda há um imenso açude particular construído por tio Marçal com o volume de água absurdo, nunca secou apesar dos anos de secas que assolam o Piauí.
  Vovô Antônio José de Azevedo casou-se com minha avó Sarafina Rosa da Cunha no dia 07 de janeiro de 1891 e a 28 de dezembro daquele mesmo ano, minha avó deu luz a seu primeiro filho, Teófilo, falecido. O casal teve dez filhos: Teófilo  José de Azevedo, João  José de Azevedo, Domingos José de Azevedo, Luís José de Azevedo, Angélica Azevedo, João José Azevedo, Domingos José de Azevedo, Luis José de Azevedo, Pedro José de Azevedo, Marçal José de Azevedo, Angélica de Azevedo, José Rodrigues de Azevedo, Lourença Azevedo e Vicente Leirim de Azevedo. Angelica e Lourença faleceram crianças, João e Vicente faleceram solteiros, dos dez ficaram seis, hoje dois, com o falecimento de vovô, vó Serafina com os filhos ficaram com a responsabilidade de tudo da fazenda. Foram casando-se os filhos e residindo ao redor do Casarão e em fazenda.s ligadas como escrevi. A ligação da família é tão forte que os mais velhos nunca se desmembraram dos familiares.
     Vovó Serafina comentava que a festa de alforria dos escravos se realizou no Casarão e na grande casa do engenho, ela nesta época residia com os pais Onofre José da Cunha e Maria Rosa da Silva, e seus irmãos Hermínio, Jerônimo, Sezorte, Francisca, Lídia e Mariazinha, na fazenda Tamanduá, vizinha ao Olho d`água, os velhos pais das duas famílias eram bons amigo, chegando a casar três filhos de Onofre com três filhos de Antônio, vovô era moça na época da festa e como convidada de honra do Major Mergelino Borges Leal e Dona Serafina Maria da Conceição, os atuais donos da fazenda Olho d´água, no tempo, foi participar da festa, missa celebrada no Casarão, na casa grande dos brancos com a presença de todos os negros e convidados, que tiveram almoço. A festa dançante se fez na casa do engenheiro,casa grande que ficava à direita do Casarão, e onde os negros realizavam trabalhos. Orquestra de violas, Os violeiros executavam as músicas  do tempo. Os negros escolhiam seus pares e rodopiavam a noite inteira os que preferiam saíram para a dança de tambor executada numa grande eira ao lado da casa. Havia grandes fogueiras para aquecimento dos tambores, sala era iluminada por lampião e bibiana de três bicos, amarrada nas forquilhas para clarear o salão.
  Os tambores constituíam tubos de madeira ocos, um tanto compridos, e sobre a cabeça de um lado do tambor havia a cobertura de couro esticado, que aquecido ao fogo um som estúpido que ressoava em longa distância. O negro Diogo comandava a banda dos tambores. Os negros que batiam os tambores amarravam uma grossa corda no meio do tambor e passavam na improvisavam as músicas, ás quais os dançantes respondiam:
  Vira o pau do tucum,
  Nós todo sâmo um
  vira o pau do mororó
  Todos sâmo um só.
  Abriu a tiúba frexô
  Nossa vida miorô
  Viva a princesa Isabé!
  A Deus a ela nós tem libertô!
  Viva o frô do ananás!
  Eles mandaram e nós num faz.
  Aconteceu  o que foi dito.
  Viva o negro São Benedito.
  E as negras com as toalhas rendadas nos ombros, acenando co a ponta das tolhas uma para as outras, pegando dos lados da saia, iam até a frente dos tambozeiros cantando e dançando soltas a valer. Os negros dançavam, cantavam e davam punga uns nos outros.Vez por outra a eira era salpicada com água para a poeira diminuir, e os tambores aquecidos na grande lareira para melhorar o som. As ancoretas cheias de cachaça e os negros bebiam na cuia de cujuba até fartar. A grande festa de alforria se estendeu a té o dia amanhecer, parou com a luz do sol. No final, era negro caído bêbado, por todos os lados. Negros de senzala bem tratados pelo donos.
  Minha mãe comentava que seus familiares também eram bons patrões, possuíam muitos escravos. Criaram três escravas: Fé Esperança e Caridade, que mesmo depois da escravatura, elas e os outros negros preferiram continuar vivendo com os brancos. Meus bisavós possuíam escravos, meus avós não, casaram depois da escravidão.
  Passaram-se os tempos e continua o Casarão firme e forte, dirigido pela família Azevedo, continuada por filho, netos, bisnetos, e já tetranetos, unidos, amigos na velha fazenda Olho D´Àgua, que não parou, continua de movimentos e mantém a união dos familiares com o mesmo costume dos espalhados pelas grandes cidades, no final da história estão reunidos no velho e aconchegante local.
  Só tio José, por motivo de doença e a conselho do médico, deixou o Casarão, residir em Miguel Alves, próximo ao hospital para tratamento de seu caso, faleceu pouco depois. Ficou o Casarão hoje está sob os cuidados de João, o vaqueiro parente e amigo. O Casarão hoje está vazio, alguns objetos restam naquela grande casa,, pois seus móveis e outros pertences foram divididos com os herdeiros da família.
                                                                   Fim!

                                       
Sobre a autora
  Maria Francisca Azevedo -Professora, funcionária da Secretaria do Serviço Social do Comercio - SESC; Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE e Tribunal de Contas do Estado. Membro do Instituto  Genealógico – Heráldico do Piauí. Membro da U.E.B. União dos Escritores do Brasil seção do Piauí.
    Nota da Redação
NOTA EXPLICATIVA
  A cultura piauiense, apesar de intelectuais e esforçados pesquisadores, neste aspectos ainda se encontra lentamente explorada;
praticamente somos testemunhos do quanto ainda precisamos fazer no setor público quer no privado, no sentido de se aperfeiçoar nossos instrumentos de trabalhos criativos.
Há vários pesquisadores e historiadores que já publicaram em seus livros trabalhos de intelectualidade perfeita sobre método de pesquisa História Regional, mostrado -se bastante consciente de seu papel de urgente conscientização da nossa missão no trabalho cultural brasileiro.
Valorizar o estudo das comunidades brasileiras é um processo sociológico e históricos regional, e vem sendo interesse e preocupação para os nossos escritores piauienses a exemplo dos professores Aritmathéa Tito Filho, Josias Clarense Carneiro da Silva, Edison Gayoso Castelo Branco Barbosa , Odilor Nunes,  Mosenhor Joquim Chaves, Pe. Clúdio Melo e outros, que , como profundo s pesquisadores, se debruçam sobre estes esforços, procurando apresentar em nossos dias os antepassados a através de pesquisas minuciosas como conhecimento cultural histórico do nosso Estado, dando continuidade, alargando a transmissão de conhecimentos do nosso passado. As fazendas que ainda possuem mansões , como patrimônio histórico do nosso Estado , estão sendo esquecidas, sem pelo menos comentários alusivos.
E é dentro deste contexto que me proponho a ajudá-los apresentando a sociedade piauiense minha obra Casarão, reminiscência que trata a história de uma família num recanto do Piauí, desde a escravatura até nossos dias. Passagens de suas vivencias, costumes comportamento social e recurso econômico como sustentáculo do processo de continuidade de geração da família Azevedo, dentro de um município de nosso berço Piauí, e como pesquisas em outros Estados, como ilustração deste trabalho.
O Estado do Piauí é um dos Estados da Federação que ainda necessita de exploração e revelação e de seus acontecimentos, por se encontrarem poucos pesquisadores, daí vem a carência de historiadores para revitalizar , crescer e dar ênfase a jovem geração a conscientização do crescimento necessário da história de nosso Estado.

                                    Veja mais fotos do Casarão abaixo.
              Fonte: Livro do Casarão do Olho D´água dos Azevedo
             Teresina-PI, 1986.
             Os textos foram extraídos das páginas 02, 09, 18, 19, 20.
   Veja mais fotos do Casarão!



Fonte: Livro O CASARÃO Do Olho D'Água dos Azevedo
TERESINA- 1986

segunda-feira, 26 de março de 2012

A História de Miguel Alves

Cidade da região Norte Piauiense, que obteve autonomia política em 24/05/1912. Está a 50m de altitude, 112 Km distante de Teresina
Em 2010, dados do IBGE a população de Miguel Alves, é 32.292 habitantes.

Mesorregião Norte Piauiense
Microrregião Baixo Parnaíba Piauiense
              Miguel Alves-Piauí
                 Localização do município
  Situa-se na mesorregião e microrregião de Teresina, no Baixo Parnaíba, com uma àrea de 1.419 km², ficando 112 km da capital. Limitando-se:
  Ao norte- Porto/PI, a 45 km e ao Estado do Maranhão.
  Ao sul- União a 54 km, Lagoa Alegre a 86 km,e Cabeceiras.
  Ao Leste- Nossa Senhora dos Remédios, a 62 km, e Barras a 95 km.
  Ao Oeste- Estado do Maranhão, a 10 km a cidade de Duque Bacelar, o acesso é feito de Balsa.
Características geográficas
Características geográficas
  Área 1.419 km ²
  População 32.292 Hab./ IBGE/ 2010
  Densidade 22,6 Hab./km² 
  Altitude 50 metros
  Longitude - 42° 53''43
  Fuso horário UTC-3
  Bioma Cerrado e Caatinga
O município é em geral plano, sem montanhas e tem morros de pequena altura. Seu principal curso d'água é o Rio Parnaíba, perene e próprio para navegação de embarcações de pequeno porte. Suas principais lagoas: Riachão, Salina, Almas, Curtumes, Caraíbas, Conceição e Lagoa Porta. E os riachos de maior volume d água: Tamanduá, Arara, Ameixa, Riachão das Piranhas e Riachão de Fora.
  O Clima
O clima é tropical semi-árido quente, com duração do período seco de seis meses. Temperatura máxima de 37ªC e mínima de 22ªC. Média pluviométrica em torno de 1.200 mm/ano. O período chuvoso inicia-se normalmente em dezembro, porém é de janeiro a maio que ocorre a maior concentração, com cerca de 85% do total anual.O Município de Miguel Alves apresenta, como o dos demais municípios do Médio Parnaíba, um clima mais ou menos quente e seco. 
  Em conseqüência da maior seca do século XIX, por volta de 1875, vários migrantes nordestinos, principalmente cearenses, fugindo da seca, fixaram residência nas propriedades do Sr. Miguel Alves, tendo em vista a notícia que o lugar era muito fértil e agradável a diversos cultivares. Em lugar previamente determinado pelo proprietário, levantaram suas casas e passaram
a trabalhar na agricultura, aproveitando sempre as áreas ribeirinhas, as vazantes e os baixões. Antes da chegada dos migrantes o lugar possuía seis (06) habitantes e, em 1875, devido à migração, o numero de moradores cresceu bastante e o lugar passou a ser conhecido como Arraial do Seu Miguel. Entre 1880 e 1885 chegaram os senhores Ricardo Antonio Xavier e Lúcio Ferreira da Silva que passaram, além do fumo, cultivar também o algodão. Nessa época chegou Mariano de Sousa Mendes que além das citadas acima criava gado. A partir daí estabeleceram as primeiras lojas comerciais, fundaram as primeiras fazendas e, juntamente com Miguel Alves, levantaram as primeiras casas de telhas, erigiram a capela de São Miguel Arcanjo e construíram o primeiro cemitério. Proclamada a República, o lugarejo sobressaia-se pelo progresso e o crescimento em todos os aspectos.
Origem e Fundação
Sabe-se pelos primeiros habitantes da lugar, que chamavam de Porto da Lenha, isto porque, a navegação feita no Rio Parnaíba, tinha lugares para ancorarem vapores e lanchas, com a finalidade, de venderem mercadorias e comprarem abastecimentos, para longas viagens , rio à cima, rio abaixo, também pegavam lenhas para combustão das máquinas à vapor como chamavam.

No começo do século XIX, o cearense Miguel Alves, castigado pelas secas de sua terra, aqui chegou, construindo residência num morro perto do rio Parnaíba. A vista era muito bonita , por este motivo chamaram de Monte Alegre. Desenvolvendo o comércio e o cultivo da terra, produzindo arroz, milho, mandioca, algodão e fumo, o qual foi o principal produto da terra por vários anos. Seus descendentes permaneceram no povoado.

Em 1830, travaram-se renhidas lutas em diversas localidades do povoado; motivadas pelos revoltosos, chamados de Balaios.

A Lei Número 636, de 11 de julho de 1911, deu ao povoado ou vila o Nome de Miguel Alves. Deram o título de Distrito Judiciário, pertencente a comarca de União . Em 24 de maio de 1912, o Juiz de Direito da cidade de União, Dr. Luiz Nogueira, instalou o município de Miguel Alves.

Comarca de Miguel Alves
A Lei nº 996, de 20 de julho de 1920, criou a Comarca da cidade, nomeando, como Juiz de Direito, um dos filhos da terra, o jovem Bacharel Dr. Simplício de Sousa Mendes, que foi nomeado pelo Decreto Lei nº 753, de 23 de outubro de 1920.

Constituição e Divisão Territórial do Município
O município de Miguel Alves foi criado através da lei 636 de 11 de julho de 1911 oriundo do desmembramento do município de União. Sua instalação, porém, deu-se no dia 24 de maio de 1912 por intermedio do Juiz de Direito da cidade de União, Dr. Luiz Nogueira. O termo judiciário, ficou pertencendo a comarca de União. Seus principais povoados são Angelim, Lembrança, Região do Designo e Cupins, entre outros.
Atividades Econômicas
A economia baseia-se principalmente no setor primário, destacando-se as culturas de arroz, milho, feijão e mandioca.
A pecuária tem seu destaque na economia porém sua exploração é feita em regime extensivo com prioridade para animais de corte.
Destaca-se, também, o extrativismo vegetal com a exploração do coco - babaçu seguido pela cera de carnaúba. A indústria apresenta-se como atividade de grande importância econômica absorvendo grande quantidade de mão-de-obra através do setor de produção da cultura do arroz.

Destaca-se a Agro - Industrial Baquit S.A - AGROBASA com parboilização e fabricação de massas com mercado consumidor garantido em diversos estados do país.
O comércio compõe-se principalmente de pequenos negócios com aproximadamente 250 estabelecimentos, grande parte informal, com absorção de mão-de-obra familiar. Na área de Serviços o município é composto de aproximadamente 40(quarenta) estabelecimentos.

Saúde
O município conta com 01 hospital, mantido pelo município de Miguel Alves-Piaui, localizado na sua sede, com capacidade de 25 leitos, denominado Hospital Pedro Vasconcelos. Existe ainda na sede do município em posto de atendimento chamado SOS HAMILTON AZEVEDO, contando com 06 (seis) leitos, mantido pela Prefeitura Municipal, contando ainda com médicos, dentistas, enfermeiros e atendentes de enfermagem.
Na zona rural estão localizados 09 postos de saúde mantidos também pelo município.
Existe ainda no município o Programa de Agentes de Saúde (PACS), que conta com 71 Agentes atendendo às zonas rural e urbana. Destacamos, também, o Programa de saúde da Família (PSF) composto por 05 equipes.

Educação
O município foi integrado ao plano de reforma do ensino onde os níveis de educação seguem as Leis de Diretrizes de Base com Educação Básica e Educação Superior. A Prefeitura Municipal de Miguel Alves reformulou o Plano de Carreira e Remuneração do Magistério através da Lei Existem 12 salas de vídeo e uma biblioteca municipal, que dispõe de 2.010 livros de 1º e 2º grau., conta ainda com uma Escola Profissionalizante com o curso de computação com 12 computadores. O curso é gratuito e tem carga horária de 60 horas/aulas. Municipal Nº 628 de 12 de dezembro de 1997. O município é servido por 100 (cem) escolas municipais. O município conta com 01 escola particular com ensino da Pré-Escola até a 8ª Série. Atualmente conta com 298 alunos.

Os destaques culturais do município
Cultura
No Município é realizado no mês de julho a "Semana Cultural" promovido pela AESMA ( Associação dos Estudantes Secundaristas de Miguel Alves ). Com teatro, danças, oficina de arte e palestras.

O artesanato Local
Destacar-se pelo trabalho de bordados( ponto de cruz) pintura em tecido e tricô, artesanato em palha, cerâmica, couro e confeçção de redes, e do artesanato do cocô barbaçu das quebradeiras de cocô que fazem um belo trabalho.

Folclore
Tambor de Crioula, iniciado entre amigos no ano de 1960, permanece até os dias de hoje. É composto por 13 membros, sendo 04 homens que cantam e tocam e 09 mulheres dancarinas. As cantigas são improvisadas no ritmo afro-baiano, sempre acompanhadas de tambores.

Festas tradicionais do município Sociais e religiosas são:
Baile do Hawai em fereveiro/ maio, aniversário do município.Fetejos de Santa Rita de Cassia em maio dia 13 a 22 São Pedro em 19n a 29 de junho no bairro Beira Rio, de São Miguel Arcanjo em setembro de 19 a 29 e  no mês no de novembro 12 a dia 22 o festejo de Santa Cecília no Bairro Cohebe.
Festas Juninas, realizadas entre os meses de junho e por ocosião dos festejos de São João e São Pedro. Bastante tradicional no município envolvendo tanto a população jovem quanto a adulta.


Turismo 
Apesar de localização ás margens do Rio Parnaíba, o município de Miguel Alves conta com um ponto turistico à prainha ao finais de semana às famílias miguelalvenses costumam frentar é um nova opção de lazer na cidade.
Com músicas ao vivo com apresentações de bandas locais.
Além disso, o município apresentam pontos turísticos como: Barragem de Flores, da Lembrança Barragem de Matães com passagem molhada, Monumento ao Cristo Redentor , Gruta de Nossa do Pertupétuo Socorro, a igreja de São Miguel Arcanjo, e o Ginásio Poliesportivo Chico Noca.

Estrutura Geológica
Estudos do Professor João Gabriel Baptista, revelam que o Município de Miguel Alves está incluso no Grupo de Formação Geológica BARREIRAS, do período mais ou menos quaternário ou terciário, sem data definida, por existir em sua parte inferior o calcário Pirabas que se julga Miocenico. Possui arenitos caulínicos, com lentes de folhelhos, aflorando nas proximidades do Rio Parnaíba, a leste e a noroeste do Município, com cores predominantes a vermelha e a amarela. A sede do Município está assentada nas bases geológicas das formações Pedra de Fogo e Aluviões.

Recursos Minerais
A presença de minérios no Município ainda não possui um estudo aprofundado. Porém apenas se conhece a presença de alguns deles: CALCÁRIO: Embora em pouca escala, o Calcário é encontrado nos lugares Pitombeiras, próximo à cidade e ainda a oeste desta, nas cercanias da estrada que ligas Miguel Alves a Coelho Neto (MA).

PIRITA: Mineral monométrico, geralmente amarelo cor de latão, podendo existir em cristais isolados de brilho metalino ou, em agregados compactos e sem brilho. É encontrado nas rochas e no carvão de pedra. Algumas piritas podem conter ouro. Devido à sua coloração amarela e brilho metálico, é conhecida vulgarmente como ouro dos tolos, sendo muito usada na fabricação de ácido sulfúrico. Em Miguel Alves existe na região do povoado Lembrança, com acesso pela PI 110 - Miguel Alves/Barras.

Com boas condições de acesso por via asfaltada através da PI-112, Miguel Alves, município situado a 110 quilômetros de Teresina, conta com várias realizações do Governo do Piauí nas áreas de infra-estrutura e saneamento básico por meio do Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR), Companhia de Habitação do Piauí (Cohab) e outros órgãos.

Quatro comunidades rurais: Designo, Lembrança, Remanso e Santa Bárbara, que somam 696 famílias, foram beneficiadas com projetos de eletrificação rural através do PCPR, enquanto 30 famílias que ficaram desabrigadas em decorrência de enchentes do Rio Parnaíba foram contempladas com moradias construídas pela Cohab.

No setor primário, a Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR) registrou 144 contratos do Seguro Safra, beneficiando 432 famílias; o Crédito Rural do Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) firmou 180 contratos, beneficiando 3.242 famílias. Foram distribuídas aos pequenos produtores 3.400 quilos de sementes de milho e 1.400 quilos de sementes de feijão.
Por meio de convênio entre o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) e Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foram concedidos créditos de apoio a 752 famílias e de habitação a 212 famílias, enquanto a Água e Esgotos do Piauí S.A (Agespisa) providenciou a obra de extensão da rede de distribuição de água ao bairro Angelim, bem como a ampliação do reservatório da sede do município.

Na área da segurança, foi realizada a obra de recuperação da delegacia local e entregue uma viatura para o policiamento preventivo e ostensivo.E foi inaguarado no  de 2012. O GPM ( Grupo de Policiamento Militar de Miguel Alves). Na área de saúde, está prevista, para dezembro próximo, a obra de recuperação do hospital, enquanto na área de rodovias, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) realizou a recuperação de um trecho de 45 quilômetros de acesso à comunidade São José dos Monteiros.
Fonte: Do Texto IBGE
Foto:Odally Viana

sexta-feira, 9 de março de 2012

Miguelalvense Juscelino Oliveira lançou o Seu 2º livro

 
No último dia 04 de março do corrente ano ocorreu o lançamento do livro Brasil em Poesias Ontem e Hoje de autoria do miguelalvense Jucelino RodriguesOliveira, Professor, Advogado e Jornalista, o qual recebeu familiares e amigos para comemoração do evento regado de churrasco e bebidas, em Ferraz de Vasconcelos-SP.
Na presente data também foi comemorado o seu aniversário. O aniversariante e autor do livro agradeceu a presença de todos, e os convidou para os próximos lançamentos que ocorrerão no dia 18 de maio às 19h na Bienal do Livro de Belo Horizonte-MG; e, em 19 de agosto do corrente ano na Bienal Internacional do Livro no pavilhão do Anhembi São Paulo-SP
Nesse livro o autor retrata em suas poesias uma visão geral sobre o Brasil em seus aspectos: histórico, sócio econômico, político, ambiental e cultural, numa linguagem simples ao alcance de todos.
Fonte: Portal Cidade Verde.com
Blog: Cleide Coelho





O Movimento das Mulheres Quebradeiras de Coco Foi Pacífico em Miguel Alves

Jucelino e as Quebradeiras de Coco
Florencia e o  Escritor Richarle Tuira
Coco babaçu
 Katia, Richarle Tuira (escritor) Remédios Moraes
 Gregório Borges e Josélia Diniz ( Pastoral da Terra-PI )
Quebradeiras de Coco

   A Comissão Pastoral da Terra-PI, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miguel Alves, Associação
das Mulheres Organizadas, CEB`s, Escolas da Sede Vicente de Paula Parente, Antonio Régis, Jardim de Infância Almiralice Medeiros e outras organizações da sociedade, realizaram uma caminhada pelas principais ruas e avenidas da cidade, em mobilização em comemoração ao Dia Internacional Da Mulher.
  O evento teve o seguinte tema: “ Lutar pelos direitos, celebrar e zelar por todas as conquistas. “
Teve o apoio do blog: Miguel Alves Ponto de Cultura na cobertura do evento com participação do escritor e blogueiro: Richarle Tuira, que registrou todo percurso da caminhada no fortalecimento da luta das mulheres.
  Logo após da caminhada foi servido café da manhã na Praça José Rego, para todos.
  Em seguida a partir 10:00 horas da amanhã deu inicio as falas sobre as reivindicações ( Contra Violência a Mulher) Foi solicitado uma delegacia especializada para as mulheres, mais saúde, agricultura, familiar rural; pensão alimentícia: Falam também sobre as drogas que é um problema sério que está afetando os lares, e a vida das famílias.
  Em seguida falaram sobre a lei do coco babaçu, e entre outros assuntos importantes.
  Logo após às falas foi entregue ao senhor prefeito Miguel Borges de Oliveira Junior, o documento com todas as reivindicações a representação.
  Foi servido, almoço para todos no mesmo local do evento.
  O encerramento foi com Banda Peleja.
            Edição Richarle Tuira
            Fotos José Edimar
  Maiores informações: Falar comigo: E-mail.richarletuira@hotmail.com

terça-feira, 6 de março de 2012

Associação de Mulheres Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves


“Sonho que se sonha só pode ser para ilusão, Sonho que se sonha juntos é sinal de solução…”
                                         Convite
A  Associação de Mulheres Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves, juntamente com a comissão Pastoral da Terra-PI, Sindicato dos/ as Trabalhadoers de Rurais, Associação de Mulheres Organizadas, CEB´s e outras organizações da sociedade, estará realizando no dia 08 de março uma mobilização em comeração ao Dia Internacional da Mulher. O evento terá como tema: “Lutar pelos direitos, celebrar e Zelar por todas as conquistas”.
Certos de contamos com sua presença e apoio juntemos forças no fortalecimento da luta das mulheres.
Programação
07:00- Chegada e acolhida caravanas no bairro Forquinha
07:30 – Mistica
7:45- Ginástica
8:00- Inicio da caminhada pelas ruas da cidade
9:00- Alongamento/ Café celebrativo da manhã praça José Rego
9:30- Tema do encontro: ” Lutar pelos direitos, celebrar e zelar por as conquistas “.
10:00- Inicio das falas sobre reendicações ( Violência contra a mulher/ Delegacia especializada, Saúde; Agricultura famíliar rural; pensão alimenticia; drogas; lei do babaçu e outros).
Leitura e entrega do documento ao prefeito ou representação.
Falado Prefeito
Agradecimentos , equipe organizadora
12:00- Encerramento com Banda Peleja/ Amoço.
Associação de Mulheres Quebradeiras de Coco de Miguel Alves
Apoio: Blog: Miguel Alves Ponto de Cultura

quinta-feira, 1 de março de 2012

As mulheres Quebradeiras Coco Lutam Para Sobreviver na Zona Rural de Miguel Alves

Foto: Divulgação
  São mulheres trabalhadoras, que sobrevive da quebra do coco babaçu, pois o que ganham é muito pouco com venda do mesmo. Mal dá para sustentar a sua família, são pessoas de baixa renda que vive na mais completa miséria neste país rico.
  A onde a renda está concentrada nas mãos de poucos e muitos não tem nada em casa para comer. Elas saem cedo de madrugada em grupo em busca do tão precioso coco, que está difícil na região do munícipio de Miguel Alves-Piauí.
 Falta políticas públicas, voltadas para essa classe sofredora que tanto lutam por justiça social. Temos que traças metas e objetivos para que possamos alcançar os nossos ideais, só assim teremos uma economia igualitária mais democrática, respeitando os valores culturais e costumes de um povo sofrido.
  Não basta só falar, mas mostra ação concreta investindo em projetos sociais, qualificado as mulheres quebradeiras de coco, para aproveitar melhor a amêndoa dessa matéria prima que é o coco babaçu, pois dele se extrai um óleo comestível de grande valor industrial, é utilizado na fabricação do óleo vegetal, faz sabão sabonete, etc.
 
   Precisamos resgatar a economia local. Sabemos que ela é base do desenvolvimento de um munícipio.
   Fonte: Escritor Richarle Tuira
   Foto: Google