Esta é a Igreja Matriz
de São Miguel Arcanjo, cartão-postal do município, é um patrimônio da
nossa cidade, um testemunho de nossa história e com ela resgata-se a
identidade e o orgulho da comunidade católica do fiéis do município de
Miguel Alves, a mais antiga desta cidade. E que para continuar com sua
beleza típica, chamando a atenção de todos os visitantes que ficam
encantado com sua estrutura, bem e perfeita localização, a nossa Igreja
Matriz de São Miguel Arcanjo.
Quando os primeiros povoadores aqui chegaram o nosso Estado pertencia à Diocese do Maranhão,
fato que perdurou até meados de 1903 quando foi instalada a Diocese do
Piauí. Teresina era a sede da Diocese que abrangia todo o Piauí. O
primeiro Bispo foi o Monsenhor Antônio Fabrício de Araújo Pereira que
não aceitou o encargo. Dispensado, foi escolhido D. Joaquim Antônio de
Almeida.
Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo,pertencente à Arquidiocese de
Teresina – Piauí, localiza no alto de um morro, na Praça São Miguel, 10
– Centro-Miguel Alves.
Com a Emancipação do nosso Município a Diocese estava vacante e o
Mons. Raimundo Gil da Silva Brito, era o administrador apostólico.
Embora emancipado, pertencíamos à Paróquia de União onde, uma vez ou
outra, seus vigários prestavam assistência religiosa a Miguel Alves,
pois as dificuldades de locomoção eram grandes: não havia estradas e nem
veículos motorizados. Os deslocamentos eram em animais ou em vapores
que ligavam as cidades ribeirinhas. Por isso a população clamava a
permanência de um padre na cidade e a elevação da Capela de São Miguel à
condição de igreja matriz, e sede paroquial. Com a eleição do novo
Bispo, D. Otaviano de Albuquerque – 1914 a 1922 – várias tentativas
foram feitas à Diocese, sem nenhuma concretitude.
Em 1925, D. Severino Vieira de Melo assume a Diocese do Piauí e,
dois anos depois, realiza uma visita pastoral a esta cidade para
conversar com seus habitantes e ouvir deles os seus reclames. É a
primeira visita de um Bispo ao Município. Nessa visita reuniu-se com as
famílias e mostrou-lhes um projeto para construir a Igreja Matriz, um
dos passos para a instalação da paróquia. Todos desejavam que o templo
ficasse no mesmo lugar da capela, pois ficava em um alto, no centro da
cidade, facilitando uma boa visão. Contudo, o terreno era pequeno e
para aumentá-lo se avançaria sobre uma pequena capela, que guarnecia
alguns túmulos. O cemitério ficava nos fundos da capela. Um desses
túmulos, segundo a professora Maria do Carmo Rego, era de um filho do
senhor Marcos Furtado que prontamente autorizou a edificação da igreja,
mas gostaria que o referido ficasse embaixo do altar de São Miguel.
Após a visita do bispo, pouco tempo depois teve inicio a construção da
obra sob a responsabilidade de um mestre de obras de Teresina, auxiliado
por construtores locais. Tudo vinha de fora, aqui não existia material
de construção que foram trazidos de Parnaíba, em vapores. As quatro da
tarde todos se reuniam – homens, mulheres, jovens e meninos – para
transportarem manualmente o material.
A Sagração do Templo se deu no dia 20 de dezembro de 1940, sob as
bençãos de Severino, primeiro Arcebispo de Teresina, que nomeou o padre
Francisco Gorres, como primeiro vigário desta Paróquia, aqui ficando até
janeiro de 1942. Com a sua criação a Paróquia crescia em todos os
aspectos. Com saída de Padre Francisco, assume, temporariamente, o Padre
Eribert Schiklage, permanecendo até setembro desse ano. Com a
dificuldade de padres, D. Severino designa o vigário de União, padre
Luís Brasileiro, para, também, responder pela Paróquia de São Miguel
Arcanjo, permanecendo de 1942 a 1955. Com a escolha de D. Avelar Vilela
para o Arcebispado de Teresina, este estende a provisão de padre
Brasileiro até 1957. A partir daí, assume o padre Josino Leal, em
caráter definitivo. Por motivo superior, afastou-se da paróquia por
quase dois anos, assumindo o padre Emidio Andrade e, posteriormente, o
padre Jaime Negromonte, de 1970 a 1971.
Com a eleição do novo arcebispo, D. José Falcão, novamente regressa o
padre Josino que permaneceu até 1972, quando, por motivos de saúde vai
para a sua cidade natal, Picos. Com sua saída assume o padre Javier Mena
– padre Xavier, como é conhecido – que trabalhava em União. Ficou de
1973 a 1974, assumindo o seu lugar o padre José Gonzalez, de União, até
1975. A partir daí assume o padre Paulo Pimentel, ficando por quase 19
anos, divididos em três períodos: o primeiro quando pertencemos a
T
O segundo período compreende de 1976 a 1977, quando passamos a
integrar a Diocese de Campo Maior, criada pelo Papa Paulo VI. Sua
instalação se deu no Festejo de Santo Antônio, padroeira da daquela
cidade. Seu primeiro bispo foi D. Abel Alonso Nunez. Uma das primeiras
visitas pastorais do novo Bispo foi a Miguel Alves. Nesse período sagrou
a Capela de Santa Cecília, por ocasião dos 50 anos de criação da nossa
Paróquia.
Pela dificuldade de acesso entre Campo Maior e Miguel Alves, não
fazia sentido sermos ligados àquela Diocese. Assim, após acertos,
voltamos a pertencer a Teresina. Marca-se, com isso, o terceiro período
que vai de 1977 a 1994. D. Miguel Fenelon Câmara era o Arcebispo
Metropolitano de Teresina à época. Após 15 anos em Miguel Alves, Padre
Paulo se transfere para Capital, assumindo o padre João Moura até
janeiro de 1995. Vacante, assume o Padre Pedro Alcântara.
Teresina, de 1975 a 1976.
Com a transferência do padre Pedro Alcântara para Teresina, é nomeado
para substituí-lo o Diácono Delcimar Santos, posteriormente ordenado
sacerdote por D. Celso. Após sua ordenação recebe a provisão para
continuar em Miguel Alves. Com a renuncia de Celso, assume a
Arquidiocese de Teresina D. Sérgio, confirmando o nosso atual vigário à
frente da Paróquia de São Miguel Arcanjo.
Fonte: Portal Miguel Alves