Na manhã desta terça-feira, 18, dezenas
de pais e alunos das localidades Santa Júlia e Areal, zona rural de
Miguel Alves, foram atá a cidade protestar contra a decisão da
prefeitura municipal de fechar duas escolas antigas das localidades
Santa Júlia e Areal. A escola de
Santa Júlia é denominada Escola Isolada Ezequias Gonçalves Costa, que
guarda na sua história uma lista de miguel-alvenses nascidos na região
que lá cursaram o primário, tendo como professoras as saudosas irmãs
Raimunda Pereira Dutra e Maria dos Remédios, mais conhecida como
professor Nega. Dentre os ex-alunos da velha Escola Isolada de santa
Júlia eu me incluo e manifesto a minha tristeza em saber do seu
fechamento, uma vez que foi nela que eu e tantos outros, meus irmãos e
amigos de infância, aprenderam o bê-a-bá. A outra escola que também vai
ser fechada a do Areal, tem a mesma história e a mesma tradição. Por
isso a manifestação dos pais e dos alunos.
No início da tarde conversei com o
vereador Cleó, líder da prefeita na Câmara Municipal. O vereador foi
sincero ao afirmar que o fechamento de escolas não é uma iniciativa da
prefeitura, mas sim uma resolução do Ministério da Educação que
determina que toda e qualquer escola que tenha até 144 alunos, ou seja,
72 alunos por turno, devem ser fechadas e os alunos remanejados para
uma escola de maior porte, localizada na região mais próxima. Portanto,
na análise do vereador, não é inciativa da prefeita, contudo, o
vereador admite que a secretaria de educação agiu errado, de “supetão”,
ao chegar para os pais e dizer que as duas escolas seriam fechadas.
Isto causou medo e revolta para os pais que já são acostumados com os
filhos estudando perto de casa, sem riscos e sob os seus olhos. Para o
vereador, a equipe da educação deveria ter feito um trabalho de
conscientização, informando aos pais os verdadeiros motivos do
fechamento das escolas sem prejuízo no processo de aprendizagem dos
alunos e assegurando transporte escolar seguro e de qualidade. “Agora
chegar de supetão causa susto e revolta, além de pegar mal para a
administração porque deixa a impressão de que é uma decisão da
prefeita, quando na verdade é uma determinação que vem de Brasília, do
Ministério da Educação”.Conclui o vereador Cleó.
Os protestantes se concentraram
primeiro em frente à secretaria municipal de educação e depois foram
até a sede da prefeitura para tentar falar com a prefeita Salete Rego
sobre a decisão de fechar as duas escolas. Mas por mais que tenham
feito barulho em frente à prefeitura, os pais não obtiveram êxito, pois
a prefeita não se encontrava na cidade.Confira as fotos do protesto
(via face de Ana Célia Dutra):
Dona Milagres Xavier, proprietária da
fazenda Areal e uma das grandes colaboradoras da escola daquela
localidade que está na lista para ser fechada:
Na foto, Francisco José Lopes Dutra,
ex-aluno da escola Isolada Ezequias Costa, de Santa Júlia, protesta por
entender que o fechamento da escola representa apagar uma parte da
história da educação do município.
Rosa Matildes, filha da professora Inês Pereira Xavier, uma abnegada
educadora que lecionou na escola do Areal, manifesta sua indignação com
a notícia do fechamento da escola, a sua primeira porta para o vasto
campo do saber.
Fonte: Blog. do Assis Dutra
estamos juntos amigos nessa guerra contem comigo
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