terça-feira, 18 de março de 2014

Proposta de fechamento de escolas gera protestos

  Na manhã desta terça-feira, 18, dezenas de pais e alunos das localidades Santa Júlia e Areal, zona rural de Miguel Alves, foram atá a cidade protestar contra a decisão da prefeitura municipal de fechar duas escolas antigas das localidades Santa Júlia e Areal. A escola de Santa Júlia é denominada Escola Isolada Ezequias Gonçalves Costa, que guarda na sua história uma lista de miguel-alvenses nascidos na região que lá cursaram o primário, tendo como professoras as saudosas irmãs Raimunda Pereira Dutra e Maria dos Remédios, mais conhecida como professor Nega. Dentre os ex-alunos da velha Escola Isolada de santa Júlia eu me incluo e manifesto a minha tristeza em saber do seu fechamento, uma vez que foi nela que eu e tantos outros, meus irmãos e amigos de infância, aprenderam o bê-a-bá. A outra escola que também vai ser fechada a do Areal, tem a mesma história e a mesma tradição. Por isso a manifestação dos pais e dos alunos.
No início da tarde conversei com o vereador Cleó, líder da prefeita na Câmara Municipal. O vereador foi sincero ao afirmar que o fechamento de escolas não é uma iniciativa da prefeitura, mas sim uma resolução do Ministério da Educação que determina que toda e qualquer escola que tenha até 144 alunos, ou seja, 72 alunos por turno, devem ser fechadas e os alunos remanejados para uma escola de maior porte, localizada na região mais próxima. Portanto, na análise do vereador, não é inciativa da prefeita, contudo, o vereador admite que a secretaria de educação agiu errado, de “supetão”, ao chegar para os pais e dizer que as duas escolas seriam fechadas. Isto causou medo e revolta para os pais que já são acostumados com os filhos estudando perto de casa, sem riscos e sob os seus olhos. Para o vereador, a equipe da educação deveria ter feito um trabalho de conscientização, informando aos pais os verdadeiros motivos do fechamento das escolas sem prejuízo no processo de aprendizagem dos alunos e assegurando transporte escolar seguro e de qualidade. “Agora chegar de supetão causa susto e revolta, além de pegar mal para a administração porque deixa a impressão de que é uma decisão da prefeita, quando na verdade é uma determinação que vem de Brasília, do Ministério da Educação”.Conclui o vereador Cleó.
  Os protestantes se concentraram primeiro em frente à secretaria municipal de educação e depois foram até a sede da prefeitura para tentar falar com a prefeita Salete Rego sobre a decisão de fechar as duas escolas. Mas por mais que tenham feito barulho em frente à prefeitura, os pais não obtiveram êxito, pois a prefeita não se encontrava na cidade.Confira as fotos do protesto (via face de Ana Célia Dutra):
  Dona Milagres Xavier, proprietária da fazenda Areal e uma das grandes colaboradoras da escola daquela localidade que está na lista para ser fechada:
 

  Na foto,  Francisco José Lopes Dutra, ex-aluno da escola Isolada Ezequias Costa, de Santa Júlia, protesta por entender que o fechamento da escola representa apagar uma parte da história da educação do município.


 
 Rosa Matildes, filha da professora Inês Pereira Xavier, uma abnegada educadora que lecionou na escola do Areal, manifesta sua indignação com a notícia do fechamento da escola, a sua primeira porta para o vasto campo do saber.


Fonte: Blog. do Assis Dutra 

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