segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Será que a base trincou de vez?

 Na política existem dois momentos distintos. Há um momento em que a conjugação de forças, às vezes antagônicas até, prepondera sobre todos os obstáculos quando objetivo de um grupo é único: chegar ao poder. Pode haver o que houver durante o processo eleitoral, mas a unidade do grupo não é atingida. Todavia, quando termina a eleição, vive-se um novo momento –o da ocupação dos cargos. Aí os comportamentos mudam completamente.     Já não há mais a conjugação de ideias nem de forças porque cada um quer fazer valer os seus interesses, segmentando qualquer tentativa de diálogo.

  É o que está acontecendo em Miguel Alves com a atual administração da prefeita Salete Rego. A sua base de apoio, formada por sete vereadores não está unida em torno de uma ideia maior que deve ser regida pela própria prefeita, através da sua liderança na Câmara Municipal. Mas isso não está acontecendo. Alguns vereadores da situação, talvez contrariados pelo fato de não estarem recebendo um tratamento vip, ou melhor, falando num português bem claro, como se costuma dizer na calçada da fama, “não estão mordendo”, andam atravessados com a prefeita, por isso se aproveitam da votação de matérias importantes e de interesse do executivo para votarem contra. Pelos menos em três oportunidades isso já aconteceu.
  A derradeira derrota sofrida pela prefeita Salete aconteceu na sessão desta sexta-feira, 06,  na votação do veto da prefeita à LDO (lei de Diretrizes Orçamentárias). Uma derrota sofrida graças à insatisfação de vereadores da situação que se somaram aos cinco vereadores de oposição para emplacar mais um placar adverso  ao executivo municipal em mais um confronto com o legislativo. E quem da base aliada votou contra? Corre á boca miúda os nomes dos vereadores Jânio Bina, Cleiciane Gomes e Fábio Meneses. No entanto, não podemos afirmar que foram eles porque a votação foi secreta, e numa votação secreta todo súdito se torna rei.
Pois bem, depois de sofrer mais uma vez três gols contra marcados pelos mesmos jogadores, urge a necessidade de uma reunião para discutir os desencontros do time, afim de que se possa rearmá-lo e torná-lo unido e forte para os embates futuros com o time da oposição que tem levado a melhor nesse jogo. Esta incumbência é exclusiva da prefeita. Ela é a técnica do time. Ela tem de botar o time pra jogar  junto, ouvindo os gritos e sentindo o calor a torcida, pois só assim se pode construir a vitória que Miguel Alves precisa.
  Fonte: Blog do Assis Dutra

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