Rio Parnaíba Foto: José Nery
O Rio Parnaíba, conhecido como "Velho Monge" , é um rio brasileiro que banha os estados do Maranhão e do Piauí. O seu nome é oriundo da língua tupi e significa "mar ruim", através da junção dos termos paranã ("mar") e aíb ("ruim").
O Rio Parnaíba tem suas origens na Serra da Tabatinga, que limita o Piauí com a Bahia, Maranhão e Tocantins. As nascentes se formam a partir de ressurgências na Chapada das Mangabeiras, que originam os cursos dos rios Lontras, Curriola e Água Quente que, unidos, formam o rio Parnaíba.
O Rio Parnaíba é um dos maiores rios do Nordeste tendo um importante papel sócio-econômico. Constatamos este fato principalmente pela potencialidade de seus recursos naturais que propiciam aptidão para o desenvolvimento de inúmeras atividades: pesqueiras e agropastoris, de navegabilidade, de energia elétrica, de abastecimento urbano, de lazer, dentre outras.
Importância
Toda a economia, toda a história deste estado de alguma maneira se liga ao Parnaíba tem um importante papel social e econômico. Isto se verifica, principalmente, pela potencialidade de seus recursos naturais que propiciam aptidão para o desenvolvimento de inúmeras atividades: pesqueiras e agropastoris, de navegabilidade, de energia elétrica, de abastecimento urbano, de lazer, dentre outras.
A possibilidade de navegação deste rio facilitou o povoamento e as comunicações até pouco tempo atrás. Hoje, a navegação é feita, principalmente na época de cheias, por pequenas embarcações.
O Rio Parnaíba foi o berço da capital do estado do Piauí, a cidade de Teresina. Esta foi projetada e construída em suas margens em função da importância estratégica de sua navegabilidade, visando a alavancar o crescimento do estado e deter a influência que o Maranhão começava a exercer sobre o interior piauiense. Embora seja a divisa natural dos dois estados, é um fato reconhecido que sua relevância histórica, econômica e cultural é bem maior para o Piauí que para o Maranhão, a ponto de ser exaltado no próprio Hino do estado do Piauí.
Problemas
No Baixo Parnaíba, é onde se observa maior desmatamento de suas margens e maior assoreamento. É, também, a região onde encontra-se maior número de fábricas, como fábricas de celulose, açúcar e álcool. É onde se encontram os maiores núcleos urbanos, que lançam grande quantidade de esgotos sem tratamento no rio. A ocupação de suas margens, a derrubada da mata ciliar e a construção de Usina Hidrelétrica de Boa Esperança levaram a seu assoreamento - e consequente perda de sua navegabilidade -, à redução de seu volume de água e ao desaparecimento de espécies animais antes comuns na região.
Usina Hidrelétrica
Na altura do município piauiense de Guadalupe, no Médio Parnaíba, existe a Barragem de Boa Esperança, que faz parte da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, construída pelo presidente Castelo Branco. A usina é parte integrante do sistema Companhia Hidrelétrica do São Francisco. É a mais importante do Nordeste Ocidental brasileiro e represa cinco bilhões de metros cúbicos de água do Rio Parnaíba. O açude vem prestando alguns benefícios à população, permitindo a criação de peixes e regulando o regime de cheias do rio (evitando as grandes enchentes que deixam desabrigados, em sua maioria, a população ribeirinha residentes nas margens mais baixas da capital Teresina), apesar de contribuir para o assoreamento que prejudica principalmente a região do Baixo Parnaíba.
A usina forma um grande lago artificial, na altura de Nova Iorque. Na cidade de Guadalupe, às margens do lago, há hotéis e balneários.
Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba
Nicolau Resende foi o primeiro europeu a relatar a existência do Rio Parnaíba por volta de 1640, quando sofreu um naufrágio nas proximidades de sua foz. O nome Parnaíba foi dado pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, como uma referencia à sua vila natal, Santana de Parnaíba. A partir da formação do território da província do Piauí, em 1718, o Rio Parnaíba passou a ser o divisor geográfico com o Maranhão.
Antes do seu nome atual, possuiu vários outros :Fam Quel Coous (Miler , 1519); Rio Grande (Luis Teixeira, 1574); Rio Grande dos Tapuios (Gabriel Soares Moreno, 1587); Paravaçu (Padre Antônio Vieira, 1650); Paraguas (Guillaume de L’isie, 1700); Param-Iba, (Dauville). O nome Parnaíba se deve ao bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, nome dado em recordação da terra onde nasceu, a vila de Santana de Parnaíba, nas margens do Rio Tietê em São Paulo.
Com uma área aproximada de 729.813 hectares, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba abrange 4 estados brasileiros: Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins. Com sua criação, que ocorreu principalmente para proteger as cabeceiras do Rio Parnaíba, parte da Área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga tornou-se porção do parque. Estabelecido como Unidade de Conservação em julho de 2002, foi oficializado juntamente com a Agenda 21 brasileira, que foi elaborada pela sociedade e coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Nela estão definidos compromissos para o desenvolvimento sustentável do país.
Delta do Rio Parnaíba
Antes de penetrar no Oceano Atlântico, o Parnaíba forma um amplo e recortado delta - o único delta em mar aberto das Américas e um dos três maiores do mundo em extensão e beleza natural (os outros são o do rio Nilo, no Egito, e o do rio Mekong, no Sudeste asiático). O Delta do Parnaíba é um importante ponto turístico, atraindo gente de todo o mundo interessado no turismo ecológico. A capital do delta é a cidade que leva o nome do rio Parnaíba.
O Rio Parnaíba, desemboca em forma de delta de cinco bocas: Tutória, Caju, Carrapato, Canários, Igaraçu. Ele é navegável em quase todo o percurso de 1 485 km.
O Delta do Rio Parnaíba começa onde o rio se divide e onde se situa o ponto mais alto, que fica na ponta noroeste da Ilha Tucuns da Mariquita, onde a corrente do rio se bifurca para formar os dois braços do Igaraçu e do Santa Rosa. Desta bifurcação, que se subdivide em inúmeros braços e igarapés, saem os principais canais do rio, que vão, entremeados a inúmeras ilhas, terminar no oceano por meio de cinco grandes bocas, que são, de oeste para leste: Tutoia, Melanciera (também chamada de Carrapato), Ilha do Caju, Ilha das Canárias e Igaraçu. A extensão do Santa Rosa é de noventa quilômetros, a do Canárias é de 28 quilômetros e a do Igaraçu, de 32 quilômetros. O Santa Rosa fica no Maranhão; o Canárias separa os dois estados (Piauí e Maranhão) e o Igaraçu situa-se no Piauí, separando a Ilha Grande de Santa Isabel do continente.
Sua importância também está no fato de nele se situar o segundo maior rio do Nordeste, que tem sofrido constantes desmatamentos em suas margens para pastagem de gado, além de intenso tráfico de animais e descontrolada caça para subsistência. Outro fato preocupante é o avanço da fronteira agrícola, que torna próximo o uso de grandes máquinas, de defensivos agrícolas e de fertilizantes, que danificam diretamente o ambiente ao redor.
A região é considerada Área de Importância Extrema para Conservação da Biodiversidade. Apesar de apresentar enorme potencial ecoturístico, a unidade ainda não está aberta para visitação pública.
O parque está localizado na divisa dos Estados do Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins, e tem porções nos municípios de Correntes (PI), Barreiras do Piauí (PI), São Gonçalo do Gurgueia (PI), Gilbués (PI), Alto Parnaíba (MA), Formosa do Rio Preto (BA), São Felix (TO), Mateiros (TO) e Lizarda (TO). Ele situa-se a aproximadamente 30km de Mateiros (TO) e a 50km de Alto Parnaíba (MA).
Extensão do rio Parnaíba
Alto Parnaíba
Extensão: 784 km
Extremos: das nascentes (Chapada das Mangabeiras) até a Foz do rio Gurguéia. Nesse trecho fica o Lago da Barragem de Boa Esperança.
Seus principais afluentes:
Maranhão: Balsas, Parnaibinha, Medonho, Pedra Furada, Curimatá, Pedra de Fogo e mais 52 riachos
Piauí: Uruçuí Preto, Gurguéia, Taguara, Riosinho, Volta, Cataporas, Prata e mais 92 riachos.
Municípios piauienses ribeirinhos:
Gilbués, Santa Filomena, Ribeiro Gonçalves, Uruçuí, Antônio Almeida, Guadalupe e Jerumenha.
Médio Parnaíba
Extensão: 312 km.
Extremos: Foz do rio Gurguéia ao Poti.
Afluentes principais no Maranhão: Rio Riachão e 7 riachos
Piauí: Itaueira, Canindé, Mulato, Poti e 25 riachos.
Municípios piauienses ribeirinhos:
Floriano, Amarante, Palmeirais e Teresina.
Baixo Parnaíba
Extensão: 389 km.
Extremos: da foz do rio Poti até desaguar no Oceano Atlântico.
Afluentes principais no Maranhão: oito riachos.
Afluentes principais no Piauí: Raiz, Piranha, Pirangy e mais 10 riachos.
Municípios piauienses ribeirinhos: Teresina, União, Miguel Alves, Porto, Matias Olímpio, Luzilândia, Joaquim Pires, Buriti dos Lopes e Parnaíba.
A Bacia do Rio Parnaíba conta com área total de 330.849,9 km2, com 75,73% localizados no Piauí, 19,02% no Maranhão e 4,35% no Ceará.
Números da Bacia Hidrográfica do rio Parnaíba
A Bacia do rio Parnaíba tem 342.988km²
Piauí: 249.374km²
Maranhão: 70.000km
Área litigiosa Piauí/Ceará: 2.614km
Afluentes mais importantes do rio Parnaíba em volume de água:
Piauí: Gurguéia, Uruçuí - Preto, Canindé, Poti e rio Longá.
Maranhão: Rio Balsas.
Nomes do rio ao longo da história
Chamado de "Velho Monge" pelo poeta amarantino Da Costa e Silva (poema "Saudade"), também o autor da letra do hino do Piauí, o nome PARNAÍBA na língua tupi significa "rio barrento". O mesmo Da Costa e Silva, um poeta parnasiano, também denominou o Parnaíba como o "Rio das Garças". O rio Parnaíba teve vários nomes na História. Os destaques são: Fam Quel Coous (Miler, 1519). Rio Grande (Luis Teixeira, 1574). Rio Grande dos Tapuios (Gabriel Soares Moreno, 1587). Paravaçu (Padre Antônio Vieira, 1650). Paraguas (Guillaume de L’isie, 1700). Param-Iba (Dauville).
O nome Parnaíba foi dado a partir de 1820, por Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista. Maior rio original do Nordeste, o Parnaíba é a ponte da zona ecotonal entre o Sertão e a Amazônia.
Curiosidades
- É o maior rio genuinamente nordestino.
- Serve de limite entre os estados do Sandra Maranhão e do Piauí.
- É navegável em toda sua extensão.
- Compõe, junto com as bacias do Rio Paraná e do Rio Amazonas, as três maiores bacias sedimentares brasileiras.
Fonte: Delta do Rio Parnaíba e Wikipédia
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