Hoje recebi um e-mail do professor
Orlando Torres Filho, um miguel-alvense de alto prumo intelectual
radicado no Rio de janeiro, no qual manifestou toda sua indignação ao
ler o artigo e ver as fotos da igreja de Cupins, em estado deplorável.
Confira o texto do professor Orlando enviado nesta quarta-feira, 19:
“Assis:
Sinceramente, não consigo entender por
que deixaram chegar a uma situação tão constrangedora um monumento da
envergadura como o da igreja de Cupins. As imagens por si sozinhas
chocam, assustam, envergonham. E o que é pior: denunciam que em Cupins
parece não haver ninguém que entenda que o velho templo católico
representa um patrimônio cultural de valor inestimável, e no rol dos que
têm uma boa parcela de culpa pelo vergonhoso descaso podemos envolver,
sem dúvida, tanto o filho do seu Eudóxio como os membros da associação
de moradores local.
Quanto à possibilidade de recuperação do
bem em ruínas, com certeza existem verbas, sim, no orçamento da
União, para esse tipo de despesas, bastando para isso que sejam
envolvidas pessoas como o prefeito do município, no caso a Salete que
vai assumir agora, e os deputados que têm recebido votos na região e com
a qual tenham mesmo alguma afinidade. Em razão disso, sugiro, então,
que procures a Salete, uma católica praticante e membro de uma família
reconhecida pelo apoio que sempre deu a tudo que estivesse ligado
à Igreja, com o objetivo de conscientizá-la da necessidade de recuperar
um bem que é parte da história de Cupins. É que só assim a população
atual e as vindouras da referida localidade terão a garantia de venerar o
passado pela conservação de um “palco” onde, ao longo de algumas
décadas, ocorreram festividades religiosas marcantes não apenas para os
cupinenses, mas também para toda uma população adjacente, que
comparecia em massa, nos períodos de festejos, para batizar seus filhos,
para se casar, enfim, para reverenciar o santo de sua devoção. Sugerido
isso, peço a Deus que tenhas sucesso nessa tua empreitada cultural,
pois do contrário em pouco tempo a monumental estrutura de cunho
religioso de Cupins terá o mesmo fim que teve outro esplendoroso bem
cultural de Miguel Alves: o velho casarão do Olho d’Água dos Azevedos,
para cuja construção, como sabemos, foi utilizada tão somente mão de
obra escrava. Que bem valioso perdemos, que edificação histórica se foi,
e como outra de valor cultural tão importante também caminha, a passos
largos, para o mesmo fim, caso não se tomem as devidas providências
logo!”
Tudo que foi dito pelo professor Orlando
Torres Filho é a mais pura verdade, pois infelizmente em nossa cidade
prospera a triste mania de não zelar pelas coisas valiosas do município.
E temos muitos exemplos a serem dados. O casa grande da família Sousa
Mendes no Centro do Desígnio, a casa grande do São José dos Monteiros,
onde morou por muito tempo o Sr. José Eulálio. Os casarões de Santa
Julia (A casa de marada, a casa do engenho, a loja, os armazéns, a
república, a casa dos tonéis, que foram os primeiros a serem destruídos
ainda nos meados dos anos 70, pelo grupo que comprou aquela grande
fazenda que pertencia ao grupo GECOSA, e onde morou o ex-deputado
federal Ezequias Costa.
Espero que um dia alguém de suma
importância no contexto político do nosso amado torrão compreenda as
minhas preocupações e resolva cuidar bem da nossa terra, não apenas
edificando novos prédios, mas preservando os que ainda resistem às
investidas do tempo.
Fonte: Portal Acesse: Miguel Alves
Matéria reproduzida. A mesma foi publicada em 20 de março de 2013.
Fonte: Portal Acesse: Miguel Alves
Matéria reproduzida. A mesma foi publicada em 20 de março de 2013.
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