Ribeirinhos da Amazônia estudando animais ameaçados de extinção @ Bruno Maia
Apesar de já aceitarmos o fato de que não somos os donos da Terra, ainda não consideramos os ciclos da natureza e os ensinamentos de quem está mais envolvido com ela do que nós. Nos grandes centros urbanos do mundo vivemos em um ciclo de consumismo que nos impede de entender o ciclo natural da vida. Entretanto, algumas comunidades ainda vivem em contato mais íntimo com o que entendemos por natureza. Eles tocam mais na terra e se comunicam mais com a fauna e flora do que nós. Mesmo assim, insistimos em rotular essas pessoas como pobres miseráveis por não possuírem os mesmos bens que nós. Diante deles, nos sentimos seres superiores, enquanto deveríamos aprender e valorizar a existência dessas comunidades na Terra, afinal, suas atividades causam muito menos impacto na biodiversidade do que as nossas. Estão mais próximos das entranhas do terreno, das espécies ameaçadas, das plantas que curam, dos rios ainda limpos, das florestas sem concreto. Estão por aqui muito antes de chegarmos e, certamente, mais acostumados a se adaptar, pois já fazem isso há milhares de anos. Pesca artesanal na Floresta Nacional do Tapajós.
@ Bruno Maia
Canoa "Natureza Viva" de Jamaraquá, Flora do Tapajós, Amazônia
@ Bruno Maia
Portanto, a sugestão de valorizar as comunidades tradicionais para evitar a perda da biodiversidade poderia ser transformada em um “Programa para Desacelerar o Crescimento Degenerativo” . Afinal, nos últimos anos os programas desenvolvimentistas para acelerar o crescimento não levaram em conta que perdemos o freio, estamos desgovernados, atropelando fauna, flora, paisagens e culturas. Por que não abandonamos este sistema de desenvolvimento ultrapassado e passamos o comando para quem realmente entende do assunto?
Fonte: Natureza fotos.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OBRIGADO PELA VISITA, VOLTE SEMPRE!
UM ABRAÇO!