domingo, 31 de agosto de 2014

O RESGATE DA TRADIÇÃO DOS VAQUEIROS DA REGIÃO DO TAMANDUÁ MUNICÍPIO DE MIGUEL ALVES

Miguel Alves Ponto de Cultura
Miguel Alves Ponto de Cultura
Passeata dos Vaqueiros 
 Ontem sábado 30 dia de agosto do corrente ano. Teve uma grande concentração dos vaqueiros, na Localidade Laranjo, que fica 20 km de Miguel Alves, em ocasião dos festejos de São Raimundo Nonato, os vaqueiros, reuniram para comemerem no 30 de agosto o dia  do vaqueiro, a centração dos vaqueiros foi, em frente à casa da senhora Dona Domingas, pois ela é fã dos vaqueiros. Desde 2012, é realizada essa festa dos vaqueiros, com o apoio da Associação do Tamanduá, que tinha mais 150 vaqueiros, que vieram de várias localidades do Município de Miguel Alves, de outras cidades circo vizinho de Porto-PI, de União, Alagoa Alegre, que vieram prestigiar a nossa festa, que é uma tradição de todos os anos, comentou o Miltinho, presidente da Associação do Tamanduá.
 Quando assumir a presidência da Associação meu desejo era resgatar o a cultura dos vaqueiros, que estava esquecida com o apoio dos sócios e dos amigos estamos fazendo esse resgate da tradição e da memória da cultura dos vaqueiros, da região. Comentou Miltinho!

Miguel Alves Ponto de Cultura
  Depois foi servindo um coquetel para toda vaqueirama, em seguida foi realizada uma passeata até o Paiol Velho, antes da santa missa foi coroada a rainha dos vaqueiros mirim, a Alrilene Santos Lima, filha de um agricultor era um sonho meu desde criança, ser rainha, dos vaqueiros, eu, já ouvia rugido do gado, afirmou: Alrilene, Feliz da vida!
Miguel Alves Ponto de Cultura
A rainha mirim dos vaqueiros Alrilene Santos Lima
da localidade Paiol Velho
Miguel Alves Ponto de Cultura
  Em seguida foi celebrada uma missa em ação de graça para todos vaqueiros.
  Depois foi servido um jantar fasto para todos que estava presente no evento.
                           Edição e fotos Repórter Richarle Tuira
Miguel Alves Ponto de Cultura
   Maiores informações: Falar comigo! 
    E-mail:richarletuira@hotmail.com
    Cel: (86)9945-9047 Richarle Tuira
  
   Só lembrando foi aprovado a Lei Federal dos Vaqueiros Nº 4.495/98
Senado reconhece e aprova lei federal que regulamenta a profissão de vaqueiro.
 Com discursos que citavam trechos de repentes e rimas do Norte e do Nordeste, os senadores aprovaram nesta terça-feira (24/09/2013) o projeto de lei que regulamenta a profissão de vaqueiro. Pelo texto, eles passam a ter direito a seguro de vida e acidente de trabalho, além de ressarcimento de despesas médicas e hospitalares decorrentes de doenças e acidentes ocupacionais.
São considerados vaqueiros os profissionais “qualificados para a lida com rebanhos bovinos, equinos, caprinos e de búfalos”, entre outros. A categoria tem entre as suas atribuições alimentar e cuidar dos animais e realizar ordenhas.
  A contratação dos serviços de vaqueiro, pela proposta, é de responsabilidade do administrador, proprietário ou não do estabelecimento onde ele estiver empregado mesmo que seja de pequeno ou médio porte.
O contrato de prestação de serviços prevê, obrigatoriamente, seguro de vida e acidentes em favor dos vaqueiros que incluem indenizações por morte ou invalidez permanentes. Os empregadores também ficam obrigados a ressarcir todas as despesas médicas e hospitalares decorrentes de acidentes ou doenças profissionais que os vaqueiros sofrerem em sua jornada de trabalho.
Mais de 20 senadores discursaram na sessão do plenário do Senado, acompanhada por mais de 50 vaqueiros vestidos a caráter -com chapéus e calças de couro. No momento da aprovação da proposta, os vaqueiros tocaram seus berrantes dentro do plenário para comemorar a regulamentação.
 “Eu venho desde menino, desde muito pequenino, cumprindo o belo destino que me deu Nosso Senhor. Eu nasci para ser vaqueiro, sou o mais feliz brasileiro, não invejo dinheiro, nem diploma de doutor”, disse o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) ao citar estrofe do cearense Patativa do Assaré.
“Aqui não se está fazendo absolutamente nenhum favor para vocês. Nós estamos fazendo aquilo que precisa ser feito: a regulamentação da profissão. Eu sei o que é a vida de um vaqueiro. Quero me reportar e falar à minha terra querida, na Ilha de Marajó, onde eu nasci, onde eu me criei”, completou o senador Mário Couto (PSDB-PA).
 O projeto aprovado pelo Senado segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
   Fonte: Paulo Campos com informações do diário do sudeste

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Escritor promove campanha a preservação do rio Parnaíba

Por meio de um post publicado em nossa página no Facebook, descobrimos uma iniciativa digna de aplausos. Em meio à grave crise hídrica que assola boa parte do país, o escritor Richarle Tuira decidiu fazer diferente e lutar a favor da qualidade da água. Ele mora na cidade de Miguel Alves, Piauí, e se dedica à preservação do Rio Parnaíba, conhecido como “Velho Monge”. Tal curso é o maior do Nordeste e limita os estados do Maranhão e Piauí.
Desde 2011, o profissional realiza ações de conscientização com a população local sobre a importância de preservar as matas ciliares (vegetação oriunda das margens do rio). As espécies protegem o recurso, evitando problemas como erosão e assoreamento. Sem as plantas, a terra vai para o fundo do rio, que se tornará barrento e sem iluminação solar. A ausência de vegetação também impulsiona o aparecimento de pragas e dificulta a reprodução das espécies, que costumam usar os cursos d´água para se deslocar. Se a mata ciliar for preservada, o assoreamento será menor e, consequentemente, o rio ficará mais limpo.
É exatamente isso que Richarle defende junto à população ribeirinha. “Eles me recebem muito bem e ajudam a disseminar essa preocupação com outros colegas e familiares”, afirma. O escritor também realiza ações de conscientização nas escolas e em programas de rádio locais, o que tem lhe trazido um bom retorno. “As pessoas abraçaram essa causa nobre, que tem por objetivo a formação de cidadãos mais conscientes. Todos precisam saber a importância do rio e ajudar a preservá-lo”, comenta.
Para expandir ainda mais a causa, ele também participa de reuniões frequentes com representantes do poder público. “Sempre busco formas de solucionar o problema e todos me recebem muito bem”, comemora.
Se você é da região e quer participar da iniciativa ou simplesmente deseja trocar ideias sobre o recurso com o escritor, escreva para: richarletuira@hotmail.com
       Fonte: Blog: Planeta Água
http://www.docol.com.br/planetaagua/uma-escolha-sustentavel/escritor-promove-campanha-para-a-preservacao-do-rio-parnaiba/

sábado, 23 de agosto de 2014

INAUGURAÇÃO DO NOVO POINT DE MIGUEL ALVES CALDOS E CALDOS BAR NO ANTIGO BUTECO

 

ESPECIALIDADES:
ü  Caldos
ü  Peixes
ü  Camarões
ü  Carnes
ü  Bebidas quentes e frias
 A inauguração do mais novo Point da cidade, será  no dia 23 de agosto do corrente ano.
 Fica localizado em frente à Praça José Rêgo no centro de Miguel Alves-PI.
Contará com animação da cantora Ana Maria e Swing Samba.
Não percam será imperdível você, é o nosso convidado especial para apreciar a melhor culinária da cidade.
Grato: JAF

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

RIO PARNAÍBA SOS


  

 
O rio que alimenta o maior Delta das Américas pede socorro. O Parnaíba está contaminado por esgoto. Seus afluentes chegam assoreando e poluindo. O rio vem perdendo volume de água e navegabilidade. Um homem está tentando salvar o rio. O juiz Marlon Reis é um dos responsáveis pelo Centro de Defesa das Nascentes do Parnaíba, o Cedepa.Ele reuniu, em uma balsa, ambientalistas, geólogos, biólogos e engenheiros. Gente preparada para fazer uma radiografia completa dos problemas do velho monge. “Podemos destacar a questão do desmatamento, uma vez que não se vem observando o mínimo de racionalidade no corte da vegetação que margeia o rio”, diz o juiz.
  Durante um mês, eles vão descer o rio, anotando e observando cada curva do Parnaíba. Acompanhamos esta aventura. Logo no início, cruzamos com uma estranha balsa. João Batista é um balseiro do Parnaíba, um navegante típico desse rio. Com uma balsa bem rústica, levando o filho e até o cachorro, passa o dia todo pelo rio.
  A embarcação foi construída com talos do buritizeiro, tábuas e cipó. Tudo amarrado, para seu João não ficar no meio do caminho. Ele vai levantar uma cerca na cidade de Uruçuí. Está navegando em cima do material que vai usar na construção. “A gente corre perigo, pega correntezas que levam a gente para debaixo das moitas. Às vezes, a balsa vira e a gente perde tudo que tem em cima”, conta seu João.
  Descendo o rio, encontramos a Nova Iorque do Maranhão. Sem estátua, sem arranha-céus, a pequena cidade é a porta de entrada da Barragem de Boa Esperança. É com certeza um dos lugares mais bonitos da viagem. A parte alagada criou ilhas e transformou as árvores em esculturas.
  O reflexo na água do rio transforma as cores do céu: o vermelho, o amarelo e o azul e as nuvens que roubam as cores da represa. Agora, a força do Parnaíba vai virar energia. A usina de Boa Esperança tem a capacidade de gerar mais de 235 mil quilowatts. Neste mundo de água – cinco bilhões de metros cúbicos – o homem se esqueceu do principal.
  Com a construção da barragem, os peixes foram impedidos de subir para desovar. As embarcações também foram impedidas de transpor o paredão no meio do rio e a eclusa que seria a solução está completamente abandonada.     Uma obra que nunca foi concluída. Bloquearam a passagem natural dos peixes e dos barcos e desperdiçaram o dinheiro público.
Sem eclusa, a balsa da expedição vai ser levada de caminhão. Manobra difícil.   O caminhão entra na barragem, até que a carroceria fique completamente encoberta pelas águas. Agora, a balsa manobra e fica em cima do caminhão. A viagem até o outro lado do rio é curta e perigosa. Qualquer movimento brusco, a balsa pode cair.
  O caminhão carrega lentamente o barco, até encontrar um ponto ideal para o desembarque. Vencida a grande barreira, o barco é transportado sobre a Barragem de Boa Esperança e volta ao Parnaíba. A expedição vai rumo ao Delta.
  No meio do caminho, o Parque Nacional de Sete Cidades. Há rochas, mas parecem ruínas de uma antiga civilização. Estranhos monumentos talhados pelo vento e pelas águas da chuva. Nesse mundo mágico, mais um rio brasileiro está nascendo. Ele vai lançar suas águas no velho monge. O Parque Sete Cidades tem 22 nascentes que formam cachoeiras. Toda essa água vai para os afluentes do Rio Parnaíba.
A balsa de excursão chega ao Delta. Seus tripulantes conhecem agora todas as curvas e problemas do rio. “A avaliação é muito positiva e o maior ponto favorável foi o contato humano. O contato com a comunidade ribeirinha foi o que mais marcou”, comenta o juiz Marlon Reis.   Ele conta os problemas e as belezas do Parnaíba. Sabe a importância de não deixar que a poluição e o descaso acabem com o Velho Monge.
            
     Fonte:Globo Repórter -Rede Globo Sos
                Ano de 2001

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A localidade Paiol Velho município de Miguel Alves está em festejo

                    
                 A História do Santo São Raimundo Nonato
Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200.Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela.

Dotado de grande inteligência, fez com certa tranqüilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da idéia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário.

Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma.

Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar cento e cinqüenta escravos e devolvê-los às suas famílias.

Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo.

Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre e acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, quando tinha, apenas, quarenta anos de idade.

Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras.   
                           Veja as fotos da abertura do festejo
Povo da Comunidade Paio Velho


            Este mês, estamos festejando o Santo Padroeiro São Raimundo 
            Nonato, da Localidade Paiol Velho,
            Hoje foi abertura do Festejo!
            Edição e fotos: Richarle Tuira

Expedição às nascentes do rio Parnaíba


Está comprovado: problemas em toda a bacia, embora escassamente povoada, sofreu a colonização pela corrida do boi e pela corrida da soja. Nem o Parque Nacional das Nascentes, criado por FHC.
   Expedições cumprem um ritual de vida. Nunca morrem, diz Geraldo Gentil Vieira, um apaixonado pelas questões ambientais e que vem se dedicando em pesquisa sobre recursos naturais e expedições. Além da Expedição Américo Vespúcio, foi o único técnico do governo federal a participar da expedição Parnaíba Vivo, que percorreu o mais importante rio piauiense das nascentes até o famoso delta, no Atlântico. Nós da Folha do Meio Ambiente embarcamos em muitas expedições nos 16 anos de vida o jornal. Relatos destas expedições não são feitos para ficar engavetados. São sempre propostas vivas, inteligentes com diagnósticos precisos de lugares inusitados. Pelas páginas deste jornal passaram muitas expedições ambientais e científicas. Foram expedições sobre o Jalapão em Tocantins, sobre o Pantanal Matogrossense, sobre o rio Araguaia e a Ilha do Bananal e sobre a nascente e foz do rio Amazonas, de Roberto e Paula Saldanha. Foram as expedições do engenheiro Henrique Halfeld, sobre o rio São Francisco, e do francês Emmanuel Liais, sobre o rio das Velhas, ambas encomendadas por Pedro II. Também foram as expedições Américo Vespúcio, organizada pelo próprio Geraldo Gentil, a expedição pelo Deserto Vermelho de Gillbués (Piauí) e a "Viagem poética ao sertão roseano", quando Cuia Guimarães e Marcus Vinicius Andrade saíram à vã pelo sertão de Minas Gerais, redescobrindo paisagens e personagens do Parque Grande Sertão Veredas. A estas expedições citadas aqui e a tantas outras não citadas por falta de espaço, soma-se a aventura de quinze expedicionários descendo de ponta a ponta o rio Parnaíba, o Velho Monge.

  As belezas cênicas do rio Parnaíba de quando em vez são ofuscadas por feridas e agressões ao ecossistema

  Folha do Meio - Você participou da exploração de dois rios importantes: o rio São Francisco e o rio Parnaíba. Foram os rios que passaram em sua vida?
Geraldo Gentil - É, eles não só passaram como entraram na minha vida. E eu na deles. A verdade é que ainda me sinto como uma gota d'água no rio, pelo muito a ser feito. Mas gratificante, mesmo, foi ter participado, nos albores do século 21, de duas grandes expedições: "Parnaíba Vivo", em abril e maio de 2001, e "Américo Vespúcio", em novembro e dezembro de 2001, no rio São Francisco. Ambas as expedições foram inéditas, pois navegamos de ponta a ponta os dois maiores rios que banham a região Nordeste. Expedições nunca morrem. Cada vez que navegamos um rio sua história é recontada, já dizia o grego Heráclito: "Não atravessamos um rio duas vezes, porque tanto eu como o rio já não somos os mesmos".
  FMA - Qual foi sua motivação para organizar a expedição de exploração ao Parnaíba?
GG - Não, não fui eu o idealizador. Participei como convidado e observador (e muito aprendi com eles) pela Codevasf. Os organizadores foram o juiz Marlon Reis, a advogada Rosane Ibiapino e o Centro de Defesa das Nascentes do Parnaíba [CDPar]. Foi uma oportunidade única para conhecer o rio e suas cidades ribeirinhas, sua gente, sua vida, seu folclore, sua economia, junto a uma equipe de alto nível, tanto técnico quanto representativo das comunidades que espontaneamente embarcavam e desembarcavam no porto seguinte. Sem deixar de lado o real, vejo as expedições também pelo lado do imaginário. Só assim vale a pena embrenhar-se rio a dentro...
  FMA - Vamos à expedição. Quanto tempo durou, como foi a travessia da barragem de Boa Esperança e que descobertas foram realizadas?
GG -Foram 22 dias de descida, desde Alto Parnaíba, no Maranhão, Santa Filomena, no Piauí, até Parnaíba e Luiz Correia, além de Araiozes e ilha de Santa Isabel, no delta. Um delta que é um éden de canais, igarapés, ilhas, mangues e dunas. Navegávamos das sete da manhã até pelas seis da tarde. Os pernoites eram no barco ou em hotéis das cidades ribeirinhas.
Passei até por Nova Iorque. Quem estava a bordo era o jornalista Francisco José, da   TV Globo. Aliás, ele até gravou um Globo Repórter da Nova Iorque maranhense, comparando o maior edifício da cidade, uma padaria de dois pisos, com o Empire State Building e as Torres Gêmeas, que daí a quatro meses desabaram. Também enviei um postal para minha filha Luana com o carimbo de NY...
Geraldo Gentil
Ainda é comum a agricultura primitiva pelo sistema "cultivo no toco". Urge um programa de melhoria de renda e a criação de muitas unidades de conservação. Os desmatamentos e as queimadas degradam as cabeceiras e margens dos rios.
  FMA - E a viagem?
GG - Olha, navegando o lago de Boa Esperança de Uruçuí a Porto Alegre, e daí a Nova Iorque e Guadalupe, cruzamos a grande barragem num arriscado traslado do barco PIPES Navegação. O barco era de um verdadeiro herói brasileiro,  anônimo, chamado Pedro Iran Pereira Espírito Santo. Tinha 15 toneladas e chegou para navegar numa carreta Scania. Aqui descobrimos uma eclusa inacabada, cheia de mato, barrando a navegação. Se o rio Parnaíba tem enorme potencial hidroviário, a conclusão desta obra pela Chesf poderia alavancar o também enorme potencial de turismo fluvial e ecológico em toda a sua extensão, gerador de emprego e renda.
 São descobertas como estas, somadas à beleza cênica da paisagem, que mantinham os expedicionários alertas, boquiabertos e perplexos. Todos de prancheta, GPS e máquinas de filmar em punho. A propósito, tenho já pronto o projeto de turismo "Caminho do Velho Monge", à semelhança do Caminho de Santiago e Caminho da Estrada Real, só que fluvial. Meus relatos de bordo são um brado de alerta e uma viagem gastronômica rio abaixo com suas peixadas ao cheiro verde, o "arroz maria-isabel", a cajuína, a "manguerinha", e claro, suas lendas: o "papagaio falador" de Amarante, o touro marruás de Porto, o cabeça de cuia...
(A PIPES também executou em 2001, a expedição Américo Vespúcio, percorrendo o rio São Francisco da nascente à foz. Até hoje, a PIPES não recebeu pelo trabalho prestado, que foi terceirizado à Domo Arquitetura e Projetos Culturais ,de Salvador-BA)
  FMA - E as descobertas de gente, de povo, de ribeirinhos?
GG - Pelo lado humano, a maior lembrança é da pequena Jisuis (Jesus), uma criança de nove anos com aparência de seis, filha de pescadores de Porto. Era curiosa e vivaz, mesmo subnutrida. Guardo dela a alegria ao entrar no grande barco e ao receber uma bonequinha que compramos junto ao cais. Também um senhor que pediu para descer até Amarante - terra do poeta Da Costa e Silva - e arrependido e tremendo, confessou um desmatamento ciliar recente ao juiz que descia a bordo... São pessoas muito honestas que nem mesmo sabem a gravidade das agressões ambientais. Também o banho no igarapé na fazenda da Estiva à luz de lamparinas.
Jamais me esquecerei dos prefeitos nos recepcionando com bandas de música nos cais, e dos anfitriões hospitaleiros que nos recebiam em suas casas com comidas típicas, além dos bailados folclóricos, os bailes ao som da música brega e do reggae  maranhense.
  FMA - Qual era a situação do rio naquela época?
GG - Olha, para falar a verdade, era de um rio ainda vivo, no alto curso, nas cabeceiras. Mas, sobrevoando a região, se pode ver o mosaico, a colcha de retalhos da soja lá embaixo, ocupando espaços.
Mais a baixo, o rio mostra os estertores da agonia nos terços médio e inferior. É impressionante a queda de barrancos no terço médio. Registramos os esgotos lançados de alto a baixo, as matas ciliares inexistentes em longos trechos, redes e "currais de peixes" nas desembocaduras de afluentes.
As próprias belezas cênicas eram ofuscadas por feridas e agressões aos ecossistemas ainda autóctones, como lavouras do agronegócio, até a altura de Uruçuí. Na região do baixo curso o deslumbrante complexo lacustre vem sendo drenado para cultivo de arroz e pastagens.
Na Área de Preservação Ambiental e na Reserva Extrativista [Resex] do delta do Parnaíba, o Ibama está alerta para manter sob controle a carcinocultura nos "salgados", os cultivos tradicionais, a cata do caranguejo e o impacto do crescente turismo.
  FMA - O senhor tem acompanhado a vida do rio após a expedição?
GG - Após a expedição voltei a Balsas para um seminário em que as lideranças e a comunidade pediam unidades de conservação nas cabeceiras do rio. Participei de outros encontros no Baixo Parnaíba até o delta. Desde a foz do rio Longá até o oceano, abrangendo 16 municípios.
Mas tenho acompanhado meio de longe a vida do rio. Hoje me dedico mais ao programa de revitalização do rio São Francisco. Nesses três anos e meio pós-expedição foram realizados dois grandes levantamentos pela Codevasf e o Governo do Piauí, visando o planejamento para o desenvolvimento sustentável da bacia: o Planap e o Zoneamento Ecológico-Econômico do Cerrado.
  Mais recentemente voltei ao Núcleo de Desertificação de Gilbués no alto curso dos rios Uruçuí Vermelho e Gurguéia, em uma visita com vários técnicos de vários órgãos. Aliás, que a Folha do Meio Ambiente fez uma excelente matéria "O Deserto Vermelho".
  Espero que os projetos sejam encaminhados logo para aprovação. Sugeri aí a criação de um parque nacional, como uma forma de alavancar o setor terciário da economia nesta exótica região que abrange vários municípios.
  Muitas outras unidades de conservação precisam ser implantadas com urgência, face à rapidez da ocupação na alta bacia e afluentes, notadamente o Balsas e os dois Uruçuí, o Vermelho e o Preto, rios cênicos por excelência. Aqui eu pergunto: como anda a APA do Uruçuí-Una? Os rios podem perder a corrida. Então será tarde.
Rio desmatado nas cabeceiras e  nas margens da calha principal e dos afluentes, é rio assoreado, é rio sem peixes. É rio morto.
  FMA - O que pode ser feito agora?
GG - Quando descemos o rio era enorme o anseio dos ribeirinhos na busca de soluções e ações concretas em prol do rio e afluentes. Mas é preciso que as populações se apropriem dos citados estudos e levantamentos e dos relatos de bordo dos expedicionários que representavam os diversos organismos federais e estaduais. É preciso um programa de educação ambiental nas escolas, o saneamento, viveiro de mudas nas cidades. Tudo isto, para ontem!
Problemas pontuais e gerais ocorrem em toda a bacia, que embora escassamente povoada, já sofreu a colonização pela corrida do boi, assim como hoje sofre a corrida da soja .
Rio desmatado nas cabeceiras e  nas margens da calha principal e dos afluentes, é rio assoreado, é rio sem peixes. É rio morto.
  Patrimônio a ser preservado
A expedição comprovou que é inadiável um plano derecuperação das matas ciliares.
  FMA - O que mais chamou sua atenção como pesquisador?
GG - Parafraseando Heródoto, eu diria que o Piauí é uma dádiva do Parnaíba. Sem o Parnaíba como seria o Piauí? É um estado côncavo, suas águas correm para dentro, ao contrário de Minas Gerais, por exemplo, um estado convexo, montanhoso, cujas águas correm para fora rumo ao mar que não lhe pertence. Não esquecendo que a bacia abrange grande parte do Maranhão e parte do Ceará. No geral é um rio típico de planície, abrangendo três grandes biomas: Cerrado, Caatinga e zona costeira, como restingas, dunas e mangues. A pré-Amazônia começa aqui.
O Piauí é um dos estados brasileiros com mais rica biodiversidade, tanto animal quanto vegetal: são inesquecíveis as araras azuis em bandos, os jacús e o pássaro xexéu, peixes em piracema, buritizais, carnaubais e babaçuais, - que outro estado tem três ecossistemas de palmeiras? Vimos as "batedeiras" ou corredeiras e os sustos nelas passados. E os "talhados", monolitos que bordejam as águas, impressionam pela majestade, e a luz solar que neles incide toma tonalidades e sombras que lembram as pirâmides do Egito.  E não podemos esquecer a jóia piauiense que é o Parque da Serra da Capivara, pela biodiversidade e pela antropologia.
  FMA - Que ações emergenciais devem ser realizadas para preservar a vida no rio?
GG - Criar um programa de revitalização do Parnaíba é o caminho, à semelhança do rio São Francisco, e que na minha opinião não seria tarefa difícil  -  cada rio brasileiro hoje deveria ter seu plano - uma vez que já estão concluídos os levantamentos citados como o Planap, o ZEE e outros, fundamentais para um planejamento a médio e longo prazos.
  A curto prazo uma moratória nos desmatamentos é a solução inadiável. Os empresários, também na minha opinião, poderiam arrendar lotes dos projetos de irrigação "Tabuleiros Litorâneos" e de "São Bernardo" com toda a infraestrutura pronta, porém se encontravam desativados. A irrigação gera emprego, renda e alta produção em áreas reduzidas. Poderia assim reduzir a pressão sobre todas as nascentes e veredas. Evitaria a extinção dos buritizeiros encobertos pelas veredas barradas para pivôs e/ou assoreadas pela erosão do solo descoberto, e dos pequizeiros que ardem nos cerrados.
  Urge o Ministério Público e o Ibama ajustarem termos de conduta junto aos empresários do Cerrado. Esses empresários devem saber das suas responsabilidades ao chegar a uma terra nova coberta de matas e rios até então límpidos. O valor dessa biodiversidade natural e hídrica é imensurável. Este é um patrimônio piauiense e maranhense que deve ser preservado.
Nesta expedição, podemos ver que  é  inadiável um plano de recuperação das matas ciliares. E o que fazer com a queda de barrancos após Floriano, que atinge o pico em Parnarama, até a altura de Teresina? O que fazer quando vimos barrancos de aluviões caindo como terremotos à passagem do barco?
  FMA - Queria falar sobre a preservação do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Um parque que ainda não saiu do papel e já está sendo degradado...
GG - É verdade! O rio Parnaíba é um dos mais importantes rios brasileiros, com uma extensão de 1.485 km e uma bacia de 330.000 km². Um dos méritos da Expedição Parnaíba Vivo foi chamar a atenção para o rio cantado em verso pelo poeta maior Da Costa e Silva. (*) [Saudade - o Parnaíba - velho monge / as barbas brancas alongando... e ao longe / o mugido dos bois da minha terra..."
  FMA - E como foi a assinatura da Carta do Parnaíba?
GG - Foi bom lembrar. Antes da largada (16 de abril de 2001) aconteceu uma memorável audiência pública, organizada pelas autoridades e as populações de Alto Parnaíba, Santa Filomena e outros municípios da região. Quinze outras audiências foram realizadas rio abaixo. Então foi assinada a "Carta do Parnaíba".
Vem daí e de outros pioneiros como Judson Barros na sua descida solo, a luta do CDPar e tantos outros, e mais recentemente o artista  Otoniel Fernandes na sua  viagem pictórica pelas pegadas do engenheiro Gustavo Dodt, a renascença da magia, das lendas e das cores do Parnaíba,
Na largada, quando a gente estava bem perto das nascentes na chapada das Mangabeiras/serra da Tabatinga, me lembrei muito do provérbio chinês "Conheça a montanha para conhecer o rio".
Urge criar novas unidades de conservação em todas as sub-bacias do Parnaíba. E mais: há que se levantar as nascentes, as altitudes e a extensão mais exata do rio pelos modernos meios de geoprocessamento.
  FMA - E qual a conclusão, os frutos desta epopéia?
GG - Primeiro, fazer esses levantamentos. Aliás essa é uma proposta que fiz à Codevasf, registrada no meu relato de bordo "Navegando no Velho Monge - de Alto Parnaíba ao Delta e daí ao Oceano", e enviado ao CDPar.
Mas, a cada viagem destas, a cada trabalho e a cada estudo que participo sobre rios brasileiros, me bate uma tristeza tremenda ao saber que todo este esforço, toda esta luta, todo esse grito de alerta pode ter sido em vão. Me sinto como mais um destes idealistas, verdadeiras formiguinhas ambientais, impotente perante o poder econômico e o poder político. São os fazendeiros pressionando a Justiça, são os políticos pressionando as autoridades administrativas, são os gananciosos dobrando a fiscalização...
  Olha, fico até pensando quão verdadeiras são as palavras do editorial da Folha do Meio Ambiente de novembro de 2005. A Carta do Leitor da Folha do Meio Ambiente (edição 163/nov. 2005) foi muito feliz quando mostrou que "a preservação e a política ambiental defendidas com discursos e promessas, mas atacada com metralhadoras e motosseras". É a pura verdade! Não podemos sucumbir às metralhadoras ambientais... E fico a pensar: temos que ser as árvores do Cerrado, que para resistirem nascem cascudas e tortuosas.
  Glossário
APA - Área de Proteção Ambiental, que tem restrição de uso pelo Ibama.
Planap - Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba.
Parnaibano - O ribeirinho típico do rio Parnaíba.
CDPar - Centro de Defesa das Nascentes do rio Parnaíba. Estudos da Fundação Rio Parnaíba mostram que o rio nasce na Serra da Tabatinga, que limita Piauí e Bahia, Maranhão e Tocantins.
Da Costa e Silva - O poeta Antônio Francisco da Costa e Silva (*1885 + 1950), mais conhecido como Da Costa e Silva, nasceu em Amarante, no Piauí. Publicou os seguintes livros de poemas: Sangue (1908), Zodíaco (1917), Verhaeren (1917), Pandora (1919) e
Verônica (1927).
  O Parque das Nascentes
O Parque das Nascentes, apesar de sua importância, ainda não saiu do papel
  Proteger as nascentes do Rio Parnaíba foi o principal objetivo para se criar o Parque das Nascentes. O rio constitui a base econômica dos estados do Piauí e Maranhão onde milhares de pessoas dependem de suas águas para o abastecimento, irrigação, pesca e meio de transporte. A Bacia Hidrográfica do Parnaíba abrange cerca de 339.390 Km2 e envolve os estados do Piauí, Maranhão e Ceará. O Piauí domina 75% dessa bacia, o Maranhão 19% e o Ceará 6%. Na Tabatinga, no Alto Parnaíba, as nascentes se esboçam através de ressurgências na Chapada das Mangabeiras, que formam os cursos dos rios Lontra, Curriola e Água Quente. A união desses rios forma o rio Parnaíba.
  Como sua nascente ainda é uma dúvida, o percurso do rio Parnaíba está estimado em 1.485km, até a foz no Oceano Atlântico, onde desemboca após se dividir em cinco grandes braços. O maravilhoso delta do Parnaíba é o divisor natural entre os estados do Piauí e Maranhão.
  Infelizmente, pela ação predatória do homem, o rio Parnaíba e seus afluentes vêm sendo degradados sistematicamente num processo secular.
 Queimadas, erosão das margens, assoreamento do leito e lançamento de esgotos e lixo são uma constante. O problema já chegou às nascentes onde dezenas de produtores agrícolas, oriundos do Sul do país, ocuparam as terras públicas e instalaram projetos agrícolas.
  Em 2004, uma vistoria realizada por técnico do Ibama/PI na área, detectou a existência de 22 grandes propriedades no platô da serra e um desmatamento de mais 30 mil hectares.
  Ameaçado por ações de produtores agrícolas que ocupam terras nas fronteiras dos estados do Piauí, Maranhão, Bahia e Tocantins, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, de 730 mil hectares, pode ser extinto. Basta o Tribunal Superior de Justiça acatar a decisão do juiz da 3a Vara Federal - Sessão Judiciária do Distrito Federal, Osmani dos Santos, que suspendeu o decreto da criação do Parque, assinado pelo então presidente da República, FHC, em 2002.
  O juiz atende ação movida por mais de dez proprietários de grandes projetos de soja em áreas do parque, que alegam não ter havido audiências públicas, quando de sua instalação. Mas vimos que 15 audiências públicas foram realizadas durante a expedição que precedeu a criação do parque. (SG)
     

    Fonte: Folha do Meio Ambiente
   13/02/2006 SILVESTRE GORGULHO. BRASILIA

  


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

DEU NO O GLOBO: TOP BRASILEIRA ESTRELA CAMPANHA DA VICTORIA´S SECRET

  A top brasileira, Laís Ribeiro, que nunca devemos cansar de dizer que é miguelalvense, estrela a campanha da Victoria’s Secret. Natural de Miguel Alves – Piauí, Laís Ribeiro vem ganhando cada vez mais espaço na Victoria’s Secret. Tanto que acaba de rodar um comercial para a grife de lingerie. O filme deve ser exibido no último trimestre. Nele, Laís exibe sua boa forma e usa até asas /DIVULGAÇÃO.

  As fotos foram feitas num dia ensolarado, em Long. Island. “A locação era linda e o sol estava brilhando.    Ainda bem. Trabalhar usando lingerie em dias frios não é fácil”, disse Laís/ DIVULGAÇÃO.


 Veja as fotos em destaque no O Globo, edição desta quarta-feira, 20/08/14.
miguelalvense é destaque em Victoria’s Secret

Rio Parnaíba pode desaparecer em 10 anos no Piauí, dizem ambientalistas

  Devido à chegada do período mais seco do ano, o volume de água dos rios em Teresina começa a baixar, evidenciando as coroas de areia que se formam no meio dos afluentes.
  Segundo especialistas, os bancos de areia estão cada vez maiores por conta dos desmatamentos da mata ciliar ao redor dos rios e em 10 anos o rio Parnaíba, na capital, poderá sumir.
  Para o ambientalista e coordenador da Rede Ambiental do Piauí (REAPI), Reginaldo Muniz, as coroas são um sinal de que a situação do rio Parnaíba não está bem e é resultado do acúmulo de detritos para dentro do afluente, o fenômeno é chamado assoreamento.
 “Esses bancos de areia são provocados pelo desmatamento da mata ciliar no entorno do rio Parnaíba.        Como não existe mais essa barreira original, detritos como terra, pedras e até lixo vão sendo carregados pela água e se acumulando em determinadas partes do rio, formando esses bancos de areia”, explica.
  Reginaldo Muniz ressalta que o fenômeno é característico de grandes cidades e que a situação do rio é preocupante, mas nada está sendo feito para evitar a sua degradação. “O estado do Parnaíba é um caos, em muitos pontos, como perto do Troca-troca está muito raso e a tendência é piorar.
  Não há uma preocupação por parte das autoridades, nem mesmo da população, para salvar o nosso rio que poderá sumir”, alerta o ambientalista.
  De acordo com a REAPI, as atividades relacionadas ao rio já estão sendo prejudicadas, navegar pelo rio Parnaíba está quase impossível, exemplo disso são os navegadores que atravessam as pessoas de Teresina a Timon e estão realizando um trajeto maior que o normal para não encalharem nas partes rasas do rio. Os pescadores também estão tendo dificuldades para conseguir fisgar peixes maiores ou mesmo não pescam nada.
  A REAPI há anos luta pela criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Parnaíba que dará condições para resolver problemas relacionados ao esgotamento sanitário, tratamento de resíduos sólidos, drenagem de águas fluviais, recuperação de matas ciliares, monitoramento da qualidade da água e elaboração de planos diretores das unidades de conservação, por exemplo. Mas ainda o projeto está na fase de discussão.
    Fonte: Rhauan Macedo
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terça-feira, 12 de agosto de 2014

ASSIM É A POLÍTICA DO PIAUI: A FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR


 O escritor Laurentino Gomes, autor do Best-seller “1808”, que conta Histórias do Brasil, disse que a politica brasileira  sempre foi ligada a um pequeno grupo de pessoas. O escritor afirma que mesmo nos dias atuais é possível dividir o país em três grupos de influência com poucas famílias: Em nível nacional, estadual e municipal.
 Seguindo esta ótica  e trazendo para a politica do Piauí, observamos que a política de hoje em dia que é praticada pelos grupos em evidência trabalham para dividir o estado entre as poucas famílias bastardas, uma prática que no Piauí já aconteceu em mil novecentos e antigamente. veja como está o quadro político atual na disputa deste ano:
  Marido e mulher: O candidato a governador do PT, senador Wellington Dias  colocou a sua esposa, a deputada estadual Rejane Dias como candidata a deputada federal. O candidato do PMDB, governador Zé Filho, herdeiro político do ex-deputado Moraes Sousa (PMDB) (já falecido) tem a sua esposa, deputada estadual Juliana Falcão de Moraes Sousa (PMDB) como candidata a reeleição. O senador  Ciro Filho (PP), mesmo não sendo candidato investe na reeleição de sua esposa, deputada federal Iracema Portela (PP).
  Mulher e marido: a deputada estadual Ana Paula (PMDB) é secretária do governo e lançou o seu marido Zé Santana (PMDB) como candidato a deputado estadual.
 Irmão e irmão – a família Martins tem o ex-governador Wilson Martins (PSB) como candidato a senador e o irmão Rubens Martins (PSB), candidato a deputado estadual. Para fechar o ciclo, os dois irmãos lançaram o sobrinho, vereador Rodrigo Martins (PSB), como candidato a deputado federal. O deputado Átila Lira (PSB) apoia o seu irmão, Antonio José Lira (DEM) como candidato a deputado estadual e o prefeito de Campo Maior, ex-deputado Paulo Matins (PT) quer também botar o seu irmão, Aluísio Martins na assembleia legislativa. O irmão do deputado e secretário Warton Santos, Weimar Santos é também candidato a deputado estadual. O deputado Themístocles Filho (PMDB), presidente da Assembleia   Legislativa faz dobradinha com o seu irmão, deputado federal Marlos Sampaio (PRP).
  Tio e sobrinhos - o candidato a governador Mão Santa (PSC) é oposição, mas é tio do governador Zé Filho (PMDB) que é candidato a reeleição. o prefeito de Teresina, Firmino Filho, apoia o seu sobrinho Firmino Paulo, que é filho do ex-deputado Sabino Paulo, como candidato a deputado estadual (PSDB).
  Pai e filho – o deputado federal Julio César Lima botou o filho como candidato a deputado estadual (PSD); o prefeito de Picos, ex-dep. Kleber Eulálio lançou o filho, Severo Eulálio Neto (PMDB), como candidato a deputado estadual; o prefeito de Piripiri, ex-dep.  Odival Andrade (PSB) apoia o filho, Breno Andrade (PSB) como candidato a deputado estadual; o ex-deputado Warton Santos (PMDB) botou o filho, Pablo Santos em seu lugar, na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, obviamente para ocupar a sua cadeira; o ex-deputado Tadeu Maia (PSB) quer renovar o mandato de deputado estadual do seu filho, Tadeu Maia Filho; o executivo governista e ex-secretário Avelino Neiva tá na luta para reeleger o seu filho, deputado estadual Gustavo Neiva (PSB).  A filha do ex-deputado Cabelouro e esposa do ex-deputado Manin Rego, Nize Rego (PSB) também é candidata a deputada estadual. Tem ainda o Flávio Nogeuira ]e Flávio  Nogueira Filho, pai e filho numa dobradinha para deputado federal e estadual respectivamente, ambos pelo PDT.
  Nesta eleição os parentes mais distantes também estão no jogo: o candidato ao senado pelo PTB, Elmano Ferrer disputa a vaga do seu parente, senador João Vicente Claudino (PTB), que desistiu de concorrer à reeleição; o deputado federal Hugo Napoleão (PSD) e o candidato a deputado estadual Marcelo Napoleão também têm laços parentescos e fazem dobradinha em alguns municípios, como União, por exemplo. Tem ainda o deputado Edson ferreira (PSD) e os seus laços familiares com os deputados federal Paes Landin. A candidata a vice-governadora na chapa do PT, deputada Margareth Coelho, sucessora do esposo, ex-deputado Marcelo Coelho, que é primo da deputada federal Iracema Portela. Margareth tem laços familiares como o deputado federal Marcelo Castro (PMDB)
 Pois é, assim é a política do Piauí. A família em primeiro lugar. Com o consentimento popular.
  Em outros tempos isto se chamava de Oligarquia. E hoje?
Fonte: Blog do Asssis Dutra

O RIO PARNAÍBA ESTÁ NA UTI

Foto: Richarle TuiraEntrevista:Com o professor: Francisco Soares Presidente da FURPA: Fundação Rio Parnaíba e Conselheiro da Conama

Richarle Tuira
Em Miguel Alves-PI
Professor: Francisco Soares e o escritor: Richarle Tuira
 Sou Richarle Tuira:_ Escritor de Miguel Alves estou preocupado com a situação do rio Parnaíba, qual são as medidas para salvar o rio?
  Professor Soares:_ Bom o rio Parnaíba, como um todo deste de suas nascentes, até o Delta do Parnaíba, vem sofrendo um processo de agressão ao logo mais de cinco décadas com esse processo de agressão tem sido retirado ao logo desses anos à mata ciliar a floresta das margens o que tem provocado a quedar de barreiras, que é erosão essa erosão é que é corre com a queda de barreiras, provocar o assoreamento do rio, o rio, fica um calado um lado, ou seja, a profundidade fica rasa, inviabilizado navegabilidade havendo locais que não chegam nem cinquenta centímetros de profundidade isso inviabilizar até ou o trajeto de uma pequena canoa, né mais não é só isso que ele, vem sofrendo. As cidades ribeirinhas do lado do Piauí, Maranhão, Teresina, e Timon, Coelho Neto, e do lado de cá, União, Miguel Alves, Luzilândia, em fim. Todas essas cidades, não têm esgotamento sanitário e Teresina, só tem 17 % por cento de esgotamento sanitário, Teresina, tem uma população entorno de 800 mil habitantes, significa dizer que apenas 17% por cento tem cobertura de rede de esgoto para interligar as residências e enquanto 83 % das águas, utilizada pelos teresinenses, pelos maranhenses, elas são liberada in natura sem nenhum tratamento dentro do rio Parnaíba e Poti, da aí a razão do rio Poti, que é um importante a fluente da bacia do rio Parnaíba, está bastante poluído com uma vazão muito pequena, tem ocorrido anualmente o aparecimento de aguapés. O quem vem ser os aguapés? São plantas aquáticas, que aparecem em ambiente altamente poluído. Não vem de com uma forma para matar o rio, ele vem de uma forma para socorrer o rio, é uma espécie de sós, quando chegam os aguapés, são despoluidores naturais ajudam a sugar retirar através de suas raízes aquáticas. Grande parte dos poluentes, que estavam dentro da água, mas quando estes aguapés proliferam em grande quantidade demasiada já começam dar problema os raios, solares não penetram na água, não vai ocorre é à oxigenação da água, com isso começa aparecer à mortandade de peixes, por isso os aguapés ajudam até certo ponto. E depois se não tem acampamento em vez de ajudar já começa ajudar a mata, não é não.
  Richarle Tuira: _É verdade.
  Professor Soares:_ É por isso os aguapés, tem que ser retirado em parte monitorador para evitar que eles, façam um tape verde sobre a água, impedi a penetração dos raios solares e com isso o ph, a salinidade e o oxigênio deixam de acontecer na água, fica imprópria para reprodução da fauna aquática.
  Richarle Tuira:_ De quem é a responsabilidade?
  Professor Soares:_ A responsabilidade é sobre o pode público, que não tem políticas públicas para poder combater a poluição, construindo esgoto e galerias e esgotamento sanitário, e reflorestar as margens, para evitar que a erosão tome conta do leito do rio, a quantidade de bancos de arenosos, inclusive esses bancos arenosos, passam por Miguel Alves, passam por União, passam por Luzilândia, vão chegar lá no Delta do Parnaíba, formando em entorno de 84 ilhas, das quais mais de 60% por cento quase 70 % por cento são genuinamente maranhenses, mas as ilhas, pertencer o Piauí.
  Richarle Tuira:_ Na opinião do senhor se nós não cuidarmos do rio Parnaíba, qual é previsão dele secar é possível?
  Professor Soares:_ Eu, digo que o rio Parnaíba, ele está na UTI, está pedindo socorro, mais tem aquela velha esperança das famílias quando um ente querido seu está na UTI, eles acreditam em Deus, eles, acreditam na sorte se a onde existe vida existe esperança.

 Richarle Tuira:_ Enquanto há esperança há vida.
 Professor Soares:_ Há vida.
 Richarle Tuira:_ Então cabe cada um nós cidadão fazer a nossa parte conservar as margens do rio.
 Professor Soares:_ Fazendo nossa parte ou denunciado aos poderes público.
 Richarle Tuira:_ É por isso que vir procurar o senhor para pedir o apoio para que realmente possamos salvar o nosso rio Parnaíba que está morrendo.
 Professor Soares:_ O nosso rio, nós temos que salvar não só do lado piauiense, mas do lado Maranhense, por quê? O rio não separa os piauienses dos maranhenses, ele uni. Através do cordão umbilical que é o rio, fornecer água, para populações e o peixe, o rio, é não se salvar um rio, só pela a metade e si por inteiro, não adianta os piauienses, salvar uma banda e a outra banda morrendo que é do lado do Maranhão, tem que trabalhar todo mundo em conjunto.
  Richarle Tuira:_ Temos que fazer uma companha de conscientização nas escolas?
  Professor Soares:_ Faz todo cidadão, pode fazer a sua parte o que está faltando é tentar conscientizar os homens públicos, para fazer alguma coisa, por quê? Só fazem alguma coisa é correndo atrás do voto.
  Richarle Tuira:_ Isso é verdade. Estamos no período eleitoral agora eles, estão precisando do nosso voto.
  Professor Soares:_ É verdade o eleitor também é responsável por isso. Ele tem que tomar juízo votar em gente que preste continuam elegendo ao logo mais de duas décadas as mesmas pessoas que não fazem nada pelo Piauí, em Brasília, e aqui na Capital do estado, como governador prefeito não estão fazendo nada e nem fizeram.
  Richarle Tuira:_Há quanto tempo o senhor está à frente da Fundação Rio Parnaíba?
  Professor Soares:_ Desde data da sua fundação foi no dia 21 de maio de 88, ela nasceu no dia interessante dia 21 de maio de 88. Foi quando que tínhamos previsto em fazer uma assembleia geral para criar a Fundação Rio Parnaíba é uma instituição em defesa do rio Parnaíba, e do meio ambiente como um todo. Foi uma coincidência grande, o ex-senador Alberto Silva, trouxe a barca do sal de Parnaíba, começou liberar grande quantidade de saco sal, Luzilândia, Miguel Alves, até chegar em Teresina, foi exatamente no dia 21 de maio de 88, foi que a barca do sal, encostou. Aqui no Troca- Troca, e coincidência. Foi na data que nasceu a Fundação Rio Parnaíba.
  Richarle Tuira:_ Muito bem, professor! Gostei, estou gostando do bate-papo.
  Professor Soares:_ Eu, guardo data num guardo e as coincidências né, risos!
  Richarle Tuira:_ Risos. Coincidência a barca de sal de Alberto silva, que passou em 88, aqui em Teresina.
  Professor Soares:_ É.
  Richarle Tuira :_ O que ele, queria essa expedição?
  Professor Soares:_ O Alberto Silva, queria realmente saber devolver a navegabilidade do rio, algumas pessoas criticaram, quando ele, trouxe a barca de sal, o que ele, queria mesmo fazer com a barca de sal, era a carta náutica para saber até a onde o rio, era navegável, com aquele trajeto da barca de sal, vindo de Parnaíba até Teresina, ele queria ver a viabilidade da hidrovia do rio, para devolver a navegabilidade, alguém duvidou, ria, criticava, daquela barca, ele fez uma expedição cientifica, uma expedição técnica, que vinha carregado de sal, a onde encalhava ele, liberava quantidade de sal, o que ele, queria ver até a onde era profundo Miguel Alves, Luzilândia, apareceu muito bancos arenosos e a parti da aí, começaram a soltar saco de sal, saco de sal, até chegar em Teresina, o calado estava muito raso, provando de fato aquela carta náutica, que foi realizado naquela época serviu para balizar a profundidade do rio, e as possibilidades de navegabilidade nesse caso ele fez chapa, o barco, em forma de chapa, debaixo do calado, para se adequar as condições do rio, como é feito no São Francisco, como é feito no Tiete, em  São Paulo, a chapa dentro do calado chegam a quarenta centímetro o calado dela é baixo, e a mercadoria o peso é distribuído ao logo da chapa, até o rio Tiete, se utilizar de chapa, pelo período e o São Francisco, são feito em forma de comboios, é puxado por um rebocado. Está certo.  
  Richarle Tuira: _ Muito bem professor!
  Professor Soares:_ Até o rio Tiete, se utilizar de chapa, pelos comboios, chapa, puxado por um por um rebocado tá certo.
  RicharleTuira:_ Está certo muito obrigado por essa entrevista!
  Professor Soares: ­_ De nada.
  Edição fotos: Richarle Tuira
  Apoio: Blog: Miguel Alves Ponto de Cultura
  Maiores informações: e-mail: richarletuira@hotmail.com



sábado, 9 de agosto de 2014

PARABÉNS PELO SEU DIA PAI!

Foto: da internet
  Esta é uma homenagem do blog: 
Miguel Alves Ponto de Cultura
A todos os pais! 
 Richarle Tuira, poeta
Um abraço!
Foto: da Internet
                                                         

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

COMISSÃO APROVA PLEBISCITO SOBRE FEDERALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA




 A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) aprovou nesta terça-feira (5) projeto de convocação de um plebiscito de âmbito nacional para consultar o eleitorado a respeito da transferência para a União da responsabilidade sobre a educação básica. Atualmente cabe, em sua maior parte, aos estados e municípios custear a educação infantil e os ensinos fundamental e médio.O plebiscito foi proposto pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). De acordo com o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 460/2013, a consulta deverá ser realizada simultaneamente com o primeiro turno das eleições de 2014, em 5 de outubro. O cidadão deverá responder, com sim ou não, à seguinte questão: “o financiamento da educação básica pública e gratuita deve passar a ser da responsabilidade do governo federal?”.
 Caso o projeto seja aprovado, o Congresso Nacional comunicará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que expedirá as instruções para a realização do plebiscito. Além disso, será assegurado tempo de TV e rádio para que partidos políticos e frentes suprapartidárias organizadas pela sociedade civil façam suas campanhas a favor ou contra a transferência.
Segundo o relator da proposta na CE, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), estados e municípios são responsáveis por cerca de 80% dos recursos destinados à educação, enquanto a União, que detém para si mais da metade do bolo da arrecadação de tributos, participa com apenas 20%. Ou seja, o ente federado com mais recursos é quem faz o menor aporte de verbas para a educação básica, reforçou o relator.
  Como consequência, disse Randolpe, há disparidades na infraestrutura escolar pelo país afora, incapacidade de diversos governos estaduais e prefeituras para honrar o piso salarial dos professores; lacunas na oferta de vagas em creches; e inexistência de um padrão nacional mínimo de qualidade; entre outros problemas.
  O projeto segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e depois para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e ainda terá que ser analisado pelo Plenário.
  Fonte: Agência Senado