No passado não muito distante, a iniciativa de ganhar eleição no grito, na marra, como se costuma dizer lá pras bandas do Miguelaves, partia das elites políticas do nosso estado. Elas faziam de tudo pra vencer a disputa, baseado na tese “em política o feio é perder”. O braço forte do poder impedia qualquer avanço das forças políticas que dele divergia e a mensagem que se pregava ecoava ao longe, laureada de promessas e mentiras poeticamente contadas para apaixonar o povo.
Pois bem, será houve mudança? Os tempos são outros, mas os costumes e os valores da política são os mesmos, com uma nítida e surpreendente inversão. Quem antes combatia as oligarquias, hoje as cria em moldes modernos; quem antes denunciava o uso abusivo do poder político e econômico, hoje simplesmente a eles se apegam; quem antes defendia uma eleição limpa, livre, onde o povo se sentisse à vontade para votar em alguém que merecesse a sua confiança, hoje age com a imprudência dos maus, dos algozes da liberdade, querendo manter o poder ao seu dispor a qualquer custo, fazendo prosperar a mentira, as promessas, e o que é mais grave, fazendo terrorismo político como nos tempos passado.
Pois é, assim é a política no Piauí. Nada mudou nem mudará, porque os que mandam e desmandam no nosso estado são os mesmos em vícios e atitudes, companheiros de outrora, embora estejam temporariamente e circunstancialmente em palanques distintos. E assim as opções que nos restam são as do campo da esquerda, se quisermos votar diferente, ou seguir no mesmo trilho e continuar no mesmo trem.
Fonte: Blog do Assis Dutra
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