A Associação do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu lançará, em 2016, uma campanha para aprovar a Lei Babaçu Livre no Estado. As quebradeiras de coco querem uma audiência com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), para discutir o projeto.
A Lei Babaçu Livre prevê que as quebradeiras de coco tenham livre acesso aos babaçuais, inclusive em propriedades privadas, e também proíbe a derrubada das plantas.
"Já existe um projeto de lei no Tocantins e também em alguns municípios. O que queremos é que as quebradeiras possam entrar nessas propriedades sem precisar pedir para o dono, ou sem entrar escondido", explica a representante do movimento, Ariana Gomes da Silva.
As quebradeiras de coco estão presentes em quatro Estados do Nordeste - Piauí, Tocantins, Pará e Maranhão. Elas somam mais de 300 mil mulheres. A atividade é passada de mãe para filha há gerações. No Piauí, as quebradeiras estão concentradas na região de Esperantina e São João do Arraial.
A monocultura de grande escala é uma das principais ameaças ao babaçu e às quebradeiras. A expansão de áreas de soja e eucalipto na região vem impedindo o acesso aos babaçuais, expulsando agricultores familiares e extrativistas, além de promover o desmatamento, queimadas e envenenamento das palmeiras.
Foi feito um mapa que destaca o papel fundamental do babaçu no modo de vida de mais de 300 mil mulheres que, organizadas no MIQCB. Elas buscam conservar a espécie e garantir renda para as famílias das comunidades rurais.
Conforme as informações que constam no trabalho, o mapa denunciou que as quebradeiras de coco têm sido vítimas de ameaças de morte, instalação de cercas elétricas, perda e cercamento de fontes de água.
Fonte CIDADE VERDE
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