Na surdina, os vereadores de Miguel Alves aprovaram sexta-feira, dia 11, o Projeto de Resolução que dispõe sobre aumento do teto dos seus próprios subsídios (salários), bem como do subsidio do prefeito e do vice-prefeito, a valer a partir de janeiro de 2017. Com isso, o teto do subsídio do vereador chega a R$ 8.000,00, o do prefeito chega a R$ 15.000,00 e o do vice-prefeito a R$ 8.000,00. O salário pode chegar a 8 mil dependendo do valor do duodécimo a ser repassado pela prefeitura à câmara municipal a partir de 2017.
O projeto de aumento já vinha tramitando na câmara municipal há vários dias, fato que causou uma forte reação dos miguel-alvenses, inicialmente nas redes sociais e em seguida pelas ruas da cidade onde o aumento dos salários dos vereadores e do próximo prefeito e vice-prefeito passou a ser tema de discussão e de muitas críticas. Todavia, os vereadores ignoraram a voz rouca das ruas e malandramente aprovaram o aumento.
A votação é ilegal: um ex-vereador que já presidiu a câmara municipal de Miguel Alves me disse que a matéria que trata de aumento dos subsídios dos vereadores era pra ser votada antes das eleições, pois é o que determina a lei. Segundo o ex-vereador, a votação agora, depois das eleições é ilegal. Se houver questionamento na justiça o aumento pode ser anulado e permanecer o salário atual.
As reações: quando a notícia da aprovação do aumento vazou na cidade muitos miguel-alvenses usaram as redes sociais (facebook e whasapp) para manifestar as suas opiniões, todas em tom de indignação,por entenderem que a atitude dos vereadores foi um extremo gesto de desrespeito, um tapa na cara do povo de Miguel Alves. Teve quem classificasse a atitude dos vereadores como uma “puxada de tapete”. Outros reclamam da falta de transparência da câmara municipal, pois não há publicidade nos atos do legislativo municipal. Os dias e horários das sessões, bem a pauta deveriam ser divulgadas para que a população tomasse conhecimento das matérias a serem discutidas pelos vereadores.
Fonte: Blog do Assis Dutra
