quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Pedreiros encontram urna funerária indígena durante obra na zona rural de Miguel Alves, no Piauí

O artefato, uma vasilha de argila com tampa que guardava ossos e pedaços de ferramentas, como a ponta de um machado, é de origem Tupi e deve ser estudado pela UFPI, mas sem sair de Miguel Alves.

Pedreiros de Miguel Alves encontraram, por acaso, uma urna funerária indígena nessa segunda-feira (6), enterrada na comunidade Porto do Designo. A urna é de origem Tupi, mas não se sabe ainda a sua idade. O objeto deve ser estudado por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Trata-se de uma gamela de argila com tampa, que guardava ossos e pedaços de ferramentas, como a ponta de um machado. Pelas imagens, é possível perceber que havia uma pintura no interior da peça, feita a base de óxido de ferro.

O objeto estava enterrado em uma profundidade de 1,10 metro e foi encontrado quando pedreiros cavavam para construir uma pilastra de uma casa. O ponto fica a 100 metros da margem do rio Parnaíba, na comunidade Porto do Designo, no município de Miguel Alves.

Representantes da Academia de História dos Municípios Oriundos de Campo Maior (AHMOCAMPI) e pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) estiveram no local ainda na tarde de terça (7).

Segundo o professor Ângelo Corrêa, doutor em arqueologia da UFPI, é uma vasilha reutilizada como urna funerária, de origem Tupi. Por enquanto não é possível especificar quantos anos ela tem, apenas que é pré-colonial (que, no Piauí, se refere ao período antes de 1760).

Segundo ele, há cinco sítios arqueológicos Tupi em Teresina, mas esta foi a primeira vez que peças inteiras foram encontradas na região.

"Para a região, a ocupação Tupi é um fato inédito. Até 2017, nenhum vestígio dessa população tinha sido encontrado, e os estudos vêm demostrando uma influência amazônica. Na verdade, parece que são povos Tupi da Amazônia que vieram para essa região. Essas peças inteiras encontradas de Miguel Alves serão importantes para reforçar essa origem", comentou o professor.

O artefato agora deve ser limpo e estudado. "A ideia é firmar uma parceria entre prefeitura e universidade para fazer a análise sem que os artefatos saiam do Miguel Alves", disse o professor Ângelo.

A urna foi encontrada por pedreiros que faziam novas pilastras para a ampliação da casa do senhor Antônio Pereira. Quando cavavam, atingiram a urna com as pás e picaretas. A tampa da urna quebrou-se.

Sem saber do que se tratava, eles descartaram parte do que ela guardava. Apenas após reconhecer que eram ossos, eles perceberam a importância do achado e buscaram retirar a gamela com cuidado para preservá-la.

"Essa urna vai acrescentar muito à história do município de Miguel Alves e ao Piauí, Maranhão, o Brasil inteiro. Eu não tenho conhecimento de outra urna encontrada com esse estado de preservação", comentou o professor José Pereira, que também acompanhou a escavação.

 O terreno da casa tornou-se então um sítio arqueológico, que será registrado. Os pesquisadores acreditam que possam haver outras urnas funerárias na região. O dono do terreno, o senhor Antônio Pereira, acompanhava o trabalho dos pedreiros no momento da descoberta.

"Eu fique muito alegre. [...] Antes do menino topar com esse material, a gente estava falando de ouro de antigamente, que o pessoal falava que encontrava, né? Quando ele bateu ali eu fiquei alegre, 'o ouro tá dentro!'", contou sorrindo o senhor Antônio.

Descobertas arqueológicas no Piauí:

Esqueleto encontrado com braceletes indica existência de 'templo' indígena em Guaribas

Adolescente com deficiência enterrada com cabeça de anta e adereços: o esqueleto que intriga arqueólogos

O contador e escritor Frederico Rebelo, membro da Academia de História dos Municípios Oriundos de Campo Maior (AHMOCAMPI), acompanhou o achado e orientou as pessoas sobre a preservação do material.

"A comunidade Centro do Designo é notadamente um lugar que tem muita história. Pertenceu a família Castelo Branco e temos registros históricos da região ainda do século XVIII", comentou Frederico Rebelo.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Conceição Torres, Uma Referência na Promoção da Cultura em Miguel Alves, Piauí

Foto: Divulgação

   No último sábado, dia 14, Miguel Alves foi palco de uma celebração da cultura local, liderada por Conceição Torres, carinhosamente chamada de Ceiça e que é a anfitriã do Chá das 5, um evento transmitido em live pelo Instagram, onde reúne artistas e produtores culturais para discussões animadas sobre comunicação, cultura e arte. Destacando talentos locais ao mesmo tempo que promove a diversidade artística de Miguel Alves, cidade do norte do Piauí no baixo Parnaíba.

Uma inspiração para todos que a conhecem, Ceiça Torres, é reconhecida por seu engajamento na promoção da leitura, ela é responsável pela Biblioteca Comunitária Fileno Sousa e organiza desde julho o Chá das 5. Um exemplo de que a determinação e paixão pela cultura é capaz de transformar uma comunidade e inspirar gerações.


Espaço Coco Babaçu e o Ponto de Cultura Viva Vida.


Foto: Facebook Ponto de Cultura Viva Vida


O Espaço Cultural Coco Babaçu, abriga a ONG Viva Vida, o Ponto de Cultura Viva Vida, a Biblioteca Comunitária Fileno de Souza e a Rádio Web São Miguel FM, iniciativa cultural significativa na cidade de Miguel Alves, oferecendo um espaço vital para crianças, jovens e moradores locais, o Espaço Coco Babaçu inaugurado em 2017 e localizado em um histórico casarão que ao longo de sua história foi residência de dois ex-prefeitos, incluindo o Dr. Ivan Torres cirurgião geral, e recebeu 5 governadores, 4 senadores e também Deputados Federais e Estaduais, localizado na Rua Mariano Mendes, próximo à prefeitura municipal.



O Espaço Coco Babaçu é um palco para oficinas com jovens da região, que participam de diversas apresentações artísticas como dança, teatro, voz e violão, hip hop, grafite, serigrafia e um festival de poesias, entre os colaboradores está tambem Gabriel Egea, multi-instrumentista e o músico do Chá das 5. O Ponto de Cultura Viva Vida, por meio do Espaço Coco Babaçu, se tornou um centro vital para a expressão cultural na cidade, promovendo o talento local e oferecendo oportunidades educacionais e culturais para as gerações presentes e futuras.

Conceição Torres


Nascida em Miguel Alves que se destacou por sua determinação e contribuição para a cultura local. Viveu na Alemanha por quase 20 anos onde se tornou fluente em alemão, italiano, inglês, francês e espanhol, até decidir retornar à sua cidade natal. Desde então, Ceiça vem se dedicando a promover a cultura local em Miguel Alves, oferecendo cursos e oportunidades de enriquecimento cultural para crianças e jovens por meio do Projeto Cultural Coco Babaçu.







domingo, 15 de outubro de 2023

Ceiça Torres: Uma cidadã do mundo promovendo cultura em Miguel Alves, no norte do Piauí

 

A Cultura e arte sempre estiveram presentes
na vida Ceiça Torres - Foto Divulgação
   No último sábado, dia 14, tive o privilégio de retornar mais uma vez ao município de Miguel Alves, na região do baixo Parnaíba, acompanhado da equipe do Sistema Move de Comunicação (Elielson Gomes e Carlos Eduardo, Cadu). Lá, realizamos diversas reportagens para o Move Notícias, como parte do projeto Move Indica – Gastronomia e Turismo, que você poderá acompanhar ao longo da semana.

 Durante essa visita, pude relembrar a importância de Miguel Alves na história do Piauí. Muitas pessoas desconhecem que este município é berço de figuras notáveis.    O renomado médico Clidenor de Freitas, uma eminente referência na medicina psiquiátrica e na política do Piauí, é originário de Miguel Alves. Outra figura destacada na política, o coronel Jofre do Rego Castelo Branco, ex-vereador da capital, também tem raízes miguel-alvenses. Além disso, a maior expressão do futebol do Piauí, Simão Teles Bacelar, também é natural deste município.

  Miguel Alves, situado às margens do Rio Parnaíba e abençoado por São Miguel Arcanjo, viu nascer grandes mulheres, como Laís Ribeiro, uma renomada ‘Top Model’ de sucesso internacional. Além disso, esse chão de luta deu origem a mulheres destemidas, protagonistas de suas próprias histórias. 

Ceiça posui uma energia contagiante - Foto Divulgação

  Gostaria de destacar o talento e a determinação de uma mulher que faz a diferença em Miguel Alves. Estou me referindo a Conceição Torres, carinhosamente chamada de Ceiça. Desde tenra idade, ela sonhou alto e almejou conhecimento além das fronteiras. Não só quis, como bebeu em outras fontes. Determinada, atravessou o Atlântico e estabeleceu residência na Alemanha, imergindo na cultura e no idioma da “República de Weimar”.

  Ceiça, carinhosamente conhecida como Koni, em Dusseldorf, no Oeste da Alemanha, explorou extensivamente o continente europeu e tornou-se fluente em cinco idiomas, transformando-se em uma cidadã do mundo. Após quase 20 anos vivendo na Europa, ela retornou ao Brasil há nove anos, mas nunca esqueceu suas raízes em Miguel Alves.

Sede do Espaço Cultural Coco Babaçu e demais projetos culturais
capitaneados por Ceiça Torres - Foto: divulgação

  Ceiça optou por fixar residência na cidade que a viu nascer e, dominando múltiplos idiomas, tornou-se uma tradutora, particularmente de obras de escritores germânicos.   Desde seu retorno a Miguel Alves, ela tem se esforçado para resgatar a cultura popular local. Com simplicidade e originalidade, Ceiça acolhe crianças no Projeto Cultural Coco Babaçu, onde mantém com dificuldade um Ponto de Cultura e a sede da ONG Viva Vida (que orienta pacientes na realização de transplante de célula tronco, em grandes hospitais na Alemanha).

  O Projeto Cultural de Conceição Torres oferece cursos e oportunidades de enriquecimento cultural para as crianças e jovens de Miguel Alves. A Biblioteca Comunitária Fileno Sousa é mais uma iniciativa desta batalhadora, que insiste na importância da leitura de livros físicos, algo cada vez mais raro nos dias de hoje.

Momento musical com Gabriel Egea durante o Chá das 5 - Foto Eduardo, Cadu 

  Aos sábados, Ceiça assume o papel de apresentadora de um evento transmitido pelo Instagram: O Chá das 5. Nesse encontro, ela reúne artistas e produtores culturais de diversas artes e crenças para um bate-papo descontraído.

No último sábado, tive o prazer e o privilégio de participar do Chá das 5 com a equipe do Sistema Move de Comunicação, onde discutimos temas relacionados à Comunicação, Cultura e Arte. Foi um momento ímpar onde tivemos sonoplastia de um grande artista local, Gabriel Egea que nos brindou com o melhor da MPB.

  Muitos em Miguel Alves talvez ainda não tenham percebido, mas essa mulher de estatura pequena é uma gigante na promoção da cultura local. Nossa homenagem Conceição Torres, uma produtora cultural que transformou sonhos em realidade, não apenas os seus próprios, mas também os de toda uma geração miguel-alvense.

 Uma mulher que eliminou do seu vocabulário as palavras dificuldade e crise, optando por realizar e fazer acontecer. Eis Conceição Torres, ou simplesmente Ceiça do Projeto Cultural.

Conceição Torres ou simplemente Ceiça do projeto
Cultural - Foto divulgação

 Fonte: https://movenoticias.com.br/colunas/ceica-torres-uma-cidada-do-mundo-promovendo-cultura-em-miguel-alves-no-norte-do-piaui/





domingo, 20 de agosto de 2023

A MULA SEM CABEÇA: uma lenda sombria do Piauí

Miguel Alves, 110 km da capital Teresina, era uma cidade pequena e pacata, aninhada no coração do Piauí, onde os mitos e as lendas sempre encontravam solo fértil para se enraizar. Entre todas as histórias fantásticas que povoavam a mente do povo, uma em particular despertava medo e fascínio: a lenda da Mula sem Cabeça.

        Os boatos corriam pelas vielas estreitas e becos escuros, sussurrados entre os moradores com uma mistura de curiosidade e temor. Diziam que, nas noites mais escuras, quando a lua lançava apenas um tênue raio de luz sobre a cidade adormecida, a figura terrível da Mula sem Cabeça surgia, vagando pelos campos e margens do Rio Parnaíba. Sua presença era envolta em mistério e presságio de desgraça.

    Nas proximidades da baixa dos festejos, um local isolado e sombrio durante os invernos rigorosos, foi onde a Mula sem Cabeça deixou suas marcas mais perturbadoras. Os relatos dos moradores eram consistentes: avistamentos assustadores, uivos que ecoavam pela noite e montes de pelos misteriosos espalhados pelo chão. Um pescador corajoso afirmou ter tido um encontro terrível com a criatura, descrevendo-a como um animal quadrúpede jamais visto na região, com um corpo coberto de pelos enormes e sem cabeça, que alternava entre andar de quatro patas e erguer-se ameaçadoramente sobre as pernas traseiras.
    A atmosfera de medo e aflição se intensificava à medida que rumores se espalhavam pela cidade. Uma jovem moça, alta, bonita e atraente, recentemente separada do marido sem um motivo aparente, tornou-se suspeita de ser a própria Mula sem Cabeça. A mulher morava nas proximidades da baixa, nas sombras adjacentes à Casa Paroquial, onde trabalhava como diarista nas casas dos nobres locais. A troca repentina do marido por outra esposa e as contradições em suas defesas alimentavam a dúvida e quase certeza de seu envolvimento com o sobrenatural.
    A jovem, agora sozinha para criar seus filhos e prover seu próprio sustento, enfrentava o peso do julgamento da comunidade. As comadres e vizinhas, antes próximas e solidárias, passaram a evitá-la, temerosas de que a maldição da Mula sem Cabeça pudesse se espalhar como uma praga. O clima pesado e carregado de desconfiança impregnava cada esquina da cidade, como se o próprio ar estivesse contaminado pela sombra do desconhecido.
    No auge do mistério, uma estudante corajosa, cuja mãe já falecera, testemunhou uma aparição da Mula sem Cabeça. Da janela de sua casa, que ficava nas proximidades da baixa, ela viu a criatura sinistra perambulando pela escuridão, seus passos pesados ecoando na noite silenciosa. A visão aterrorizante confirmou os relatos e reforçou a crença de que algo sombrio e misterioso habitava aquele lugar.
    Pela manhã, após essas aparições, moradores encontravam pelos soltos espalhados pelo chão, como vestígios de uma existência sobrenatural. A cidade vivia sob um constante estado de alerta, enquanto os uivos da Mula sem Cabeça eram ouvidos de tempos em tempos, ecoando pelos vales e provocando arrepios na espinha de todos que os ouviam.
    A tensão crescia à medida que a população tomava conhecimento de um segredo obscuro que envolvia o religioso da cidade. Rumores sombrios circulavam, afirmando que o religioso tinha filhos com mulheres cujas identidades eram mantidas em segredo. Embora essas mulheres e seus filhos nunca tenham sido localizados, os relatos alimentavam a possibilidade de que a Mula sem Cabeça fosse uma manifestação sombria dessa imoralidade. A dúvida pairava no ar, pesando sobre a moça que havia sido acusada de manter um caso amoroso com o religioso, aumentando ainda mais a suspeita de sua ligação com a criatura lendária.
    Na fatídica noite de uma quinta-feira, no dia 13 de um mês qualquer do ano de 1968, a cidade testemunhou uma perseguição épica. Um corajoso pescador se lançou contra a Mula sem Cabeça, travando uma luta corpo a corpo com a fera demoníaca. Seu facão amolado dos dois lados desferiu um golpe certeiro, ferindo o animal no braço ou na pata. O encontro brutal foi acompanhado pelos uivos aterrorizantes da criatura, que ecoavam por toda a vastidão do Rio Parnaíba, assustando os pescadores da região.
    Ao amanhecer, a cidade acordou com a notícia do confronto heroico. Movidos pela esperança de encontrar vestígios do ferimento no animal, os moradores procuraram alguém que pudesse ter sido ferido da mesma forma. E foi então que a moça, a protagonista dessa história sombria, apareceu nas ruas com um braço ferido. No entanto, em vez de contar a verdade sobre a sua ligação com a Mula sem Cabeça, ela inventou uma história de ter se ferido em casa. O parente doente que supostamente teria cuidado durante toda a noite não confirmou a história, lançando ainda mais suspeitas sobre sua pessoa.
    A aura de mistério que envolvia a cidade só se dissipou quando o religioso, anos depois, partiu para outro lugar, levando consigo os segredos que tanto assombravam a comunidade.     Os relatos de aparições diminuíram, tornando-se isolados, mas o medo e a desconfiança ainda ecoavam nas pessoas. A Mula sem Cabeça se tornara um mito vivo, uma lembrança das sombras do passado.

    Frederico A. Rebelo Torres – Escritor

    Para o blog Causos Assustadores do Piauí

terça-feira, 8 de agosto de 2023

A MULHER DE BRANCO

                                                               Miguel Alves - PI

    A Mulher de Branco, cujo nome se perdeu nas brumas do tempo, ou não se pode identificá-la, ao que tudo leva a crer, aprendeu a utilizar artifícios para se encontrar com seu amante. Ela criou uma aura de mistério em torno de si, envolvendo-se em um vestido longo e imaculado, adornado por um véu que escondia seu rosto. Diziam que seus olhos brilhavam intensamente e que ela emitia um suspiro apaixonado durante esses encontros furtivos. Ela era vista deslocando-se da Rua Humaitá (hoje Tácito Torres) em direção à Rua do Negros Velhos (hoje Av. José de Deus Lacerda) ou rumo ao sítio Encanto.

    A lenda conta que a jovem aparecia apenas quando a noite se mostrava densa e silenciosa. Ela caminhava pelas ruas vazias, deslizando graciosamente sobre o chão, e sussurrava uma voz sedutora e encantadora.

    Os encontros com a Mulher de Branco eram momentos de emoção e perigo. Alguns diziam que ela desaparecia de forma abrupta, deixando para alguns um susto imenso e, para outros, deslumbre e um sentimento de êxtase. Outros contavam histórias mais ardentes, afirmando que aqueles que se encontravam com ela eram abençoados com uma paixão avassaladora e uma vida repleta de felicidade ou seriam amaldiçoados para sempre. Outros acreditavam que ela era uma alma penada de uma jovem que teria tirado sua própria vida e vagava sem destino pelo mundo.

    A verdadeira identidade da Mulher de Branco, embora desvendada, permaneceu oculta, pois, se identificada ao público, poderia desencadear escândalos e arruinar reputações. Embora tenha sido essa história motivo de pavor no passado, dada a aparição dessa sinistra personagem, muitos homens se arriscaram a persegui-la, acreditando que ela fosse algo maravilhoso. Tempos depois, soube-se que poderia ser a Mulher de Branco uma jovem que estava disposta a arriscar tudo por seu amor, navegando nas águas perigosas do segredo e do desejo proibido, e que vestia-se daquela forma para não ser reconhecida. Contam ainda que a moça era amante de um importante homem público da cidade.

    A lenda da Mulher de Branco perdurou ao longo dos anos, alimentando os suspiros de amantes clandestinos e deixando a imaginação correr solta. Sua história romântica e ousada continua a ecoar nas ruas de Miguel Alves, fazendo com que as pessoas se perguntem se um amor tão intenso poderia realmente existir, mesmo sob as sombras da noite.

    Texto: Frederico A. Rebelo Torres – Escritor

    Para o blog Causos Assustadores do Piauí

sábado, 15 de abril de 2023

Poeta Richarle Tuira participou da palestra- Tema: Sistema Nacional de Cultura & Conselhos Municipais de Políticas Culturais

Foto: Divulgação
Poeta e escritor: Richarle Tuira participou da palestra- Tema: Sistema Nacional de Cultura & Conselhos Municipais e Políticas Culturais: No Ponto de Cultura Viva Vida em Miguel Alves.
Ao lado do Francisco Pellé, ator, produtor cultural e com Jairo Araújo: Sociólogo e Produtor Cultural
e Conceição Torres: Professora e Produtora Cultural.
Foto: Conceição Torres
Poeta: Richarle Tuira com a atriz e Produtora Cultural Carlinha Senna participando da palestra Sistema Nacional de Cultura & Conselho Municipais de Políticas Culturais no Ponto de Cultura Viva
a Vida.
Obrigado
pela parceria de trabalho.